O plano de acoplagem da nave Cygnus XL à Estação Espacial Internacional (ISS) precisou ser suspenso nesta quarta-feira (17), após uma falha no motor principal durante manobras orbitais. Segundo a NASA, o propulsor desligou antes do previsto em duas tentativas de ajuste de trajetória. Apesar do contratempo, todos os outros sistemas da espaçonave seguem operando normalmente.
A missão faz parte do programa Commercial Resupply Services 23 (CRS-23), conduzido pela agência espacial norte-americana em parceria com a empresa Northrop Grumman, responsável pela construção da nave.
Com o adiamento, a chegada da Cygnus XL dependerá de uma captura manual. O astronauta Jonny Kim será encarregado de operar o braço robótico Canadarm2, com o apoio de sua colega Zena Cardman, que ficará responsável pelo monitoramento das atividades a partir do módulo de observação da ISS.
O treinamento intensivo de Kim incluiu simulações de aproximação a apenas 10 metros da estação, ponto em que a nave poderá ser agarrada e acoplada ao módulo Unity, voltado para a Terra.
A missão Cygnus XL
O lançamento da nave ocorreu às 18h11 de domingo (14), a bordo de um foguete Falcon 9 da SpaceX, a partir de Cabo Canaveral, na Flórida. Esta é a primeira viagem da versão XL da Cygnus, projetada para transportar mais de 5 toneladas de suprimentos e experimentos científicos.
A expectativa é que a nave permaneça acoplada até março de 2026, funcionando como depósito temporário para materiais descartados, antes de ser direcionada para destruição controlada na reentrada da atmosfera.
Expectativas e riscos
Especialistas da NASA e da Northrop Grumman avaliam novos cálculos de trajetória para garantir a segurança da operação. Caso a falha do motor seja contornada, a missão seguirá conforme o padrão planejado.
O episódio evidencia os riscos das missões de carga privadas, fundamentais para manter a ISS em operação contínua. A Cygnus XL é a sucessora de modelos usados desde 2015, e seu desempenho é visto como essencial para o futuro das parcerias comerciais no espaço.