Monte Verde, no sul de Minas Gerais, vive uma sequência de dias gelados que chama a atenção até de quem está acostumado com o inverno rigoroso da Serra da Mantiqueira. Nesta quinta-feira (14), a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) marcou 1°C por volta das 6h, colocando o distrito no topo da lista das cidades mais frias do Brasil — à frente de municípios tradicionalmente gelados do Paraná e de Santa Catarina.
A baixa temperatura mantém Monte Verde no ranking há cinco dias consecutivos. Na quarta-feira (13), os termômetros chegaram a -1,3°C e, no dia 11, atingiram -1°C. Ao longo de agosto, a cidade já registrou diversas madrugadas abaixo de zero, cenário que reforça a tendência de invernos mais rigorosos em comparação a anos anteriores.
Frio intenso e paisagens congeladas
As geadas matinais têm se tornado parte da rotina local neste mês, criando paisagens cobertas de gelo que atraem turistas e fotógrafos. Além do apelo turístico, o fenômeno climático desperta o interesse de meteorologistas, que monitoram o distrito como um importante ponto de estudo sobre a influência das massas de ar polar no Sudeste.
A descida dessas massas de ar, típica do inverno, é o principal fator por trás das temperaturas tão baixas. Mesmo com a previsão de leve elevação térmica nos próximos dias, o frio ainda deve predominar nas manhãs, com mínimas variando entre 4°C e 8°C e risco de geada até o fim da semana.
O que vem pela frente
Segundo o Inmet, a massa de ar polar começa a perder força no Sudeste, mas não antes de provocar mais alguns amanheceres gelados no sul de Minas e na Serra da Mantiqueira. Para a segunda quinzena de agosto, estão previstas duas novas frentes frias entre os dias 19 e 23, trazendo chuvas e nova queda de temperatura no Sul e em parte do Sudeste.
Apesar dessas incursões de ar frio, o interior do Sudeste e áreas do Centro-Oeste podem enfrentar um cenário oposto: calor intenso e até possibilidade de onda de calor a partir do dia 20.
Monte Verde, no entanto, segue firme como uma das protagonistas do inverno brasileiro — um destino onde o frio não é apenas previsão, mas atração turística e marca registrada da estação.