Há centenas de anos é uma tradição da Igreja Católica que os papas troquem de nome ao serem eleitos. A escolha do nome é visto como algo muito simbólico, como uma forma do novo pontífice estabelecer uma missão específica, uma fundação. O nome mais escolhido em todo esse tempo foi João – tivemos 21 Papas João -, em homenagem ao apóstolo de Jesus, descrito na Bíblia como o “mais amado por Jesus”. Mas por que durante todo esse tempo não tivemos nenhum papa Pedro, homenageando o apóstolo considerado o “primeiro papa da história”?
Existem dois motivos pelos quais nenhum papa escolheu – nem pode – escolher ser Pedro II. O primeiro é em sinal de respeito ao apóstolo, já que escolher um nome tão importante como seu poderia ser visto como sinal de arrogância. O segundo tem a ver com uma antiga profecia (sim, parece coisa de filme). São Malaquias, um escriba do século XII, escreveu a “Profecia dos Papas”, falando de como, durante o pontificado de um Papa Pedro, aconteceria o fim do mundo.
“Pedro, o Romano, que pastoreará as ovelhas em meio a muitas tribulações; quando estas terminarem, a cidade das sete colinas será destruída, e o Juiz Terrível julgará o seu povo. Fim”, afirma o documento, segundo matéria do O Globo.
Por que o novo papa escolheu o nome Leão?
O norte-americano Robert Francis Prevost, anunciado como o novo líder da Igreja Católica na última quinta (8), escolheu como nome Leão. Ele é o 14º a usar o “título”. O papa anterior a usar o título, Leão XIII, foi o líder da igreja entre 1878 e 1903, e dedicou grande parte do seu papado a defender os direitos dos trabalhadores, segundo a CNN Brasil.
O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, declarou em coletiva que o nome “é uma clara referência à doutrina social moderna da Igreja, que começou com Rerum Novarum“.