A aviação regional dos Estados Unidos acaba de ganhar um novo gigante. A Republic Airways Holdings anunciou a conclusão da fusão entre a Republic Airways e a Mesa Air Group, criando a segunda maior companhia aérea regional do país — e, agora, a detentora da maior frota de jatos Embraer do mundo, com 310 aeronaves.
O acordo havia sido divulgado em abril de 2025 e, após aprovação dos acionistas da Mesa em 17 de novembro, foi oficialmente finalizado em 25 de novembro de 2025. Pelo contrato, os acionistas da Republic passam a deter cerca de 88% da nova companhia, enquanto os da Mesa ficam com entre 6% e 12%, dependendo do cumprimento de obrigações anteriores ao fechamento.
O CEO da Republic Airways, David Grizzle, celebrou a fusão e afirmou que a união fortalece todo o setor regional:
“Esta fusão estabelece uma empresa com a missão comum de fornecer um serviço seguro, limpo e confiável para conectar pessoas e comunidades nos Estados Unidos. O acordo cria valor para todos os nossos stakeholders e fortalece a aviação regional”, disse Grizzle.
A companhia combinada manterá acordos de prestação de serviço (CPA) com American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines — esta última também contará com suporte da Mesa por meio de um novo contrato de 10 anos firmado junto à fusão.

Frota brasileira domina novo gigante regional
Com mais de 1.300 voos diários, a nova Republic Airways Holdings opera exclusivamente jatos da Embraer, consolidando-se como a maior operadora global dos modelos da fabricante brasileira. Os E-Jets são usados largamente no mercado regional dos EUA devido ao baixo consumo de combustível e capacidade entre 70 e 100 passageiros.
Segundo Matt Koscal, presidente da Republic Airways, a fusão representa um passo natural para expansão:
“Unir Republic e Mesa é o próximo passo lógico. Isso nos torna um parceiro ainda mais forte para nossas companhias aéreas contratantes, cria novas oportunidades de carreira para nossa equipe e oferece um investimento atraente em um setor essencial”, destacou.
Impacto para o setor e próximos passos
As empresas afirmam que, por enquanto, continuarão operando de forma paralela enquanto o processo de integração avança para transformá-las, eventualmente, em uma única companhia aérea.
O mercado também acompanha a operação de perto após a divulgação do balanço financeiro da Mesa no terceiro trimestre de 2025, que apresentou queda de receita, mas melhora no lucro. Analistas avaliam que a fusão pode alterar o equilíbrio competitivo do setor, especialmente entre as empresas que atuam sob contratos com as grandes aéreas norte-americanas.
A nova companhia já negocia suas ações na bolsa sob o ticker RJET, na NASDAQ Global Select Market.



