O lançamento do Novo Imposto Verde insere-se no contexto de políticas sustentáveis do governo brasileiro, tendo como um dos principais objetivos a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos menos poluentes e de fabricação interna.
O programa visa criar um ambiente de mercado mais competitivo em resposta ao crescimento das importações de veículos, especialmente aqueles vindos da China. A implementação do IPI Verde busca repartir essas alíquotas de maneira mais favorável para modelos que atendam aos critérios de eficiência energética, reciclabilidade e baixo impacto ambiental.
Estratégia para a indústria local
A estratégia do governo é clara: estimular a produção local ao oferecer benefícios fiscais para veículos que cumpram requisitos sustentáveis específicos. O programa quer proporcionar vantagem competitiva para as montadoras nacionais, reduzindo os preços finais dos produtos sem comprometer a tecnologia e a qualidade dos mesmos.
Empresas como Volkswagen, General Motors, Hyundai, Renault e Stellantis estão adaptando suas linhas para se alinhar com as novas diretrizes, o que pode diminuir custos de produção e resultar em preços mais atrativos.
Critérios de sustentabilidade
Para que um veículo seja considerado “sustentável”, ele deve incluir características como eficiência no consumo de combustível, segurança através de recursos assistivos à direção, alta reciclabilidade e uso reduzido de carbono em sua produção e descarte.
A resposta do mercado a essas mudanças, no entanto, dependerá da capacidade dessas montadoras em equilibrar tecnologia e custo, sob a pressão de preços globais.
Dados recentes destacam um aumento de 37,2% na importação de veículos da China entre janeiro e junho de 2025, totalizando 70,9 mil unidades no período.
O governo brasileiro anunciou que regras e critérios detalhados serão divulgados nos próximos meses, permitindo às montadoras uma adaptação concreta ao novo cenário fiscal.