A companhia aérea canadense WestJet anunciou uma nova política que está gerando polêmica entre passageiros: a partir deste mês, reclinar o assento durante o voo será um privilégio pago. A medida faz parte da remodelagem dos aviões Boeing 737-8 MAX e 737-800, que passam a contar com diferentes níveis de conforto — e de preço.
Os bilhetes mais baratos da classe econômica darão direito apenas a poltronas fixas, em posição de 90 graus, sem qualquer possibilidade de reclinar. Já quem quiser viajar de forma mais confortável, com encosto ajustável, precisará pagar a mais por assentos “Extended Comfort” — que continuam dentro da categoria econômica, mas com mais espaço e a opção de reclinar.
A mudança faz parte de um plano de reconfiguração de 43 aeronaves da frota da WestJet, com conclusão prevista até 2026. Segundo a empresa, o novo design visa aumentar a sensação de espaço pessoal e reduzir conflitos entre passageiros — um problema comum em voos lotados.
“Metade dos passageiros prefere o assento fixo”
A WestJet justificou a decisão com base em testes realizados com clientes.
“Em nossos estudos, metade dos passageiros afirmou preferir o assento fixo, para evitar sentir que o espaço pessoal está sendo invadido”, disse Jennifer Booth, porta-voz da companhia.
A empresa também argumenta que a mudança permitirá reduzir o custo por assento e, consequentemente, oferecer tarifas mais baixas. Além disso, o novo layout possibilita incluir uma fileira extra no avião.
Conforto, só pagando mais
Quem quiser conforto adicional poderá optar pelas cabines Premium, com poltronas mais espaçosas, encostos reclináveis, apoios de cabeça ajustáveis em quatro direções e tomadas individuais.
A política deve começar a valer ainda em outubro e será implementada gradualmente em toda a frota.
Com a decisão, a WestJet se junta a outras companhias aéreas que vêm fragmentando serviços para atender diferentes perfis de passageiros — dos que buscam preços mais baixos aos que estão dispostos a pagar por mais conforto.
