O novo nome indicado por Donald Trump para liderar a National Aeronautics and Space Administration (NASA), o bilionário Jared Isaacman, revelou nesta semana sua intenção de priorizar o envio de astronautas americanos a Marte — uma decisão diretamente alinhada com a visão do atual presidente dos Estados Unidos, que quer transformar a exploração espacial em estratégia de Estado. Durante audiência no Senado para confirmação no cargo, Isaacman também defendeu que o retorno à Lua seja mantido como etapa essencial no caminho para o Planeta Vermelho, mas com prazos e orçamentos mais enxutos.
“Como o presidente (Donald Trump) afirmou, vamos priorizar o envio de astronautas americanos a Marte, e, até chegarmos lá, iremos, inevitavelmente, ter capacidade de retornar à Lua e, então, determinar os benefícios econômicos, científicos e de segurança nacional de manter nossa presença no satélite”, declarou Isaacman, de 42 anos, diante do Comitê de Comércio Exterior, Ciência e Transporte.
Missões à Lua e Marte caminham juntas
Apesar de colocar ênfase em Marte, Isaacman afirmou que não pretende abandonar os planos de retorno à Lua, atualmente previstos para 2027 por meio do programa Artemis, criado durante o primeiro mandato de Trump e mantido pela gestão Biden. A ideia é que astronautas construam uma base lunar permanente, que funcionará como plataforma científica e estrutura de apoio para o primeiro voo humano a Marte, previsto para o fim da década de 2030.
Isaacman, no entanto, quer mais agilidade. “Acho que não precisa ser um ou outro”, disse ele ao defender o desenvolvimento paralelo das missões lunares e marcianas. “Eu quero ver nosso retorno à Lua. Mas por que estamos levando tanto tempo para voltar? E por que custa tanto dinheiro?”, questionou.
A missão, segundo os aliados de Trump, é transformar a NASA em protagonista não só de descobertas, mas também da proteção e projeção de poder dos EUA no espaço. Se aprovado pelo Senado, Isaacman terá o desafio de equilibrar inovação, aceleração de cronogramas, parcerias privadas e os enormes riscos e custos das viagens interplanetárias.