Em janeiro do ano passado, o estado do Alabama, Estados Unidos, executou pela primeira vez um prisioneiro com o método de asfixia por nitrogênio. Desde então, mais quatro pessoas foram executadas da mesma forma, a mais recente no estado da Luisiana. O método já foi classificado como tortura pela ONU – a Organização das Nações Unidas.
A execução com nitrogênio consiste em colocar uma máscara respiratória sobre o rosto do réu, substituindo o ar por gás nitrogênio puro. O réu mais recente a ser executado com esse método, Jessie Hoffman Jr., passou 19 minutos inalando o gás até ser declarado morto. De acordo com testemunhas, ele se contorceu e tremeu durante a execução, mas o chefe de operações do Departamento de Segurança Pública e Correções da Louisiana, Seth Smith, afirmou que foram movimentos involuntários e que o réu “parecia inconsciente”.
Jessie foi condenado pelo sequestro, assassinato e estupro de Mary “Molly” Elliot, uma executiva de 28 anos, em 1996. O crime aconteceu quando Jessie tinha 18 anos.
Além do método ser considerado cruel pela ONU, alguns profissionais médicos alertam para a sua ineficiência. A hipoxia por nitrogênio pode causar uma série de acidentes, como convulsões e até colocar o executado em um estado vegetativo, além de ser um risco para as demais pessoas presentes pelo perigo de vazamento.
Estados estão buscando novas formas de executar a pena de morte
O método mais comum de execução nos Estados Unidos é a injeção letal, mas muitos estados estão procurando novos métodos por causa da falta de injeções do tipo, que inclusive já fez execuções serem adiadas. Segundo o g1, cada vez mais empresas farmacêuticas têm se negado a fabricar a injeção por serem contra a pena de morte.