A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o mirvetuximabe soravtansina, um medicamento inovador para o tratamento do câncer de ovário resistente à quimioterapia. Desenvolvido pela biofarmacêutica AbbVie, o medicamento oferece uma nova opção terapêutica para pacientes que não responderam às terapias convencionais à base de platina.
A resolução foi publicada no Diário Oficial da União em 28 de agosto de 2025.
Esta aprovação surge num contexto em que são esperados 7.310 novos casos anuais de câncer de ovário no Brasil até 2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Anteriormente, as pacientes sem sucesso na quimioterapia tinham opções limitadas, levando muitas vezes ao uso apenas de cuidados paliativos.
Avanço no tratamento oncológico
O câncer de ovário representa um desafio significativo na oncologia. O mirvetuximabe soravtansina foi também aprovado em outras regiões, incluindo os Estados Unidos em março de 2024, e a União Europeia está em processo de aprovação.
Estudos clínicos apontam que o medicamento reduz em 35% o risco de progressão da doença e em 33% o risco de morte, comparado às terapias tradicionais.
Esses resultados significam novas esperanças para pacientes e suas famílias, ampliando suas perspectivas. O medicamento é crucial para pacientes com resistência à platina, destacando a necessidade contínua de inovação em tratamentos oncológicos.
Apesar do avanço representado pelo mirvetuximabe soravtansina, os casos de câncer de ovário resistentes exigem abordagens multidisciplinares. O medicamento agora faz parte de um tratamento mais abrangente, que deve incluir suporte psicológico e cuidados integrados. A resistência à platina permanece como um obstáculo, porém, essa nova estratégia terapêutica traz perspectivas promissoras.