De odiadas e desprezadas a heroínas do mundo fitness? Seria uma trajetória e tanto para as baratas, não é mesmo? Pois é, pode ser que isso aconteça em um futuro não tão distante. O leite de barata vem sendo apontado por especialistas como um possível “superalimento” por seu alto valor nutritito.
O termo “superalimento” é muito comum no meio fitness e de bem-estar para falar de alimentos muito ricos em ambientes. Alguns exemplos são açaí, chia, couve, salmão e cúrcuma.
Leite de barata?
Mas antes que você saia por aí tentando “ordenhar” a barata que apareceu na sua cozinha, temos que apontar que esse leite super nutritivo não é de qualquer barata não. Segundo o Metrópoles, ele é extraído especificamente da Diploptera punctata, que, diferente de outras baratas, tem uma reprodução semelhante a dos mamíferos.
Esse líquido sai em forma de cristais e conta com carboidratos, açúcares e nove tipos de aminoácidos. Esses cristais são coletados por uma incisão no estômago da mãe-barata antes que os embriões comecem a amamentação. Obviamente, você precisa de muitas baratas para ter uma quantidade do alimento. O Metrópoles exemplifica que, para conseguir 100 ml de leite, você precisaria de mais de mil baratas.
Pesquisadores do Instituto de Biologia Regenerativa e de Células Tronco, na Índia, passaram 54 dias coletando a substância e analisando suas propriedades nutricionais. Ele tem quatro vezes o valor nutricional do leite de vaca e passou na frente do leite de búfalo como o alimento com mais proteínas e calorias por kg.
Juliana Andrade, nutricionista do Metrópoles, explica que ainda são necessárias mais análises para que o leite de barata possa ser considerado um “superalimento”, mas que ele tem sim um “potencial teórico interessante”. Mas ela também admite que é improvável que o alimento seja muito bem recebido pelo público – por motivos óbvios.




