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O anúncio mais temido da Amazon acaba de se confirmar: ninguém está totalmente seguro

Por Pedro Silvini
22/10/2025
Em Geral
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Amazon

Sede da empresa (Reprodução/Amazon)

A Amazon confirmou o que há anos pairava como um dos maiores temores do setor de tecnologia e do mercado de trabalho: a empresa pretende ampliar massivamente o uso de robôs em seus centros de distribuição, o que pode substituir cerca de 600 mil empregos humanos até 2033.

A informação foi revelada em um relatório do The New York Times, que teve acesso a documentos internos de estratégia da companhia. Segundo o material, a Amazon planeja automatizar até 75% de suas operações logísticas ao longo da próxima década — uma mudança que transformará radicalmente o perfil de um dos maiores empregadores do planeta.

“Nenhuma empresa tem o mesmo incentivo para automatizar quanto a Amazon”, afirmou o economista Daron Acemoglu, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). “Se os planos derem certo, um dos maiores empregadores dos Estados Unidos se tornará um destruidor líquido de empregos, não um criador.”

A Amazon já utiliza robôs em seus armazéns há mais de uma década, mas os novos documentos indicam que a expansão da robótica será mais agressiva. A estratégia visa reduzir custos operacionais — com economia estimada em US$ 0,30 por item coletado, embalado e enviado — e diminuir a dependência de contratações humanas.

Hoje, a empresa emprega cerca de 1,5 milhão de pessoas no mundo, sendo o terceiro maior empregador dos Estados Unidos, atrás apenas do governo federal e da Walmart. O plano prevê evitar a contratação de 160 mil novos trabalhadores nos próximos dois anos, com o número crescendo progressivamente até ultrapassar meio milhão de substituições até 2033.

Em alguns centros de distribuição, projetados para entregas ultrarrápidas, a meta é criar ambientes quase totalmente automatizados, com humanos apenas supervisionando os sistemas.

A mudança de discurso: de “robôs” para “cobôs”

Os documentos obtidos pelo The New York Times também mostram uma estratégia de comunicação cuidadosamente elaborada pela Amazon para mitigar o impacto negativo da automação sobre sua imagem pública.

A empresa teria orientado executivos a evitar o uso de termos como “automação” e “inteligência artificial”, substituindo-os por expressões como “tecnologia avançada” e “cobôs” — uma combinação das palavras “colaborador” e “robô”, sugerindo cooperação, não substituição.

Além disso, a gigante do e-commerce discute internamente formas de fortalecer sua reputação como “boa cidadã corporativa”, investindo em eventos comunitários e ações sociais para suavizar possíveis reações de comunidades que venham a perder empregos.

Amazon reage às críticas

Em resposta às publicações, a Amazon classificou os documentos como “incompletos e fora de contexto”. Em nota enviada à imprensa, a porta-voz Kelly Nantel afirmou que o material reflete “a perspectiva de apenas uma equipe interna” e não representa a estratégia de contratação da empresa como um todo.

“Nenhuma empresa criou mais empregos nos Estados Unidos na última década do que a Amazon”, declarou Nantel. “Continuamos contratando para nossas operações e planejamos abrir 250 mil vagas sazonais para o período de fim de ano.”

A empresa também defende que seus investimentos em automação geram novas funções de maior qualificação e melhores salários, além de possibilitar ganhos de eficiência que se traduzem em novos setores de negócio.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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