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O que significa ter medo de animais domésticos, de acordo com a ciência

Por Pedro Silvini
29/12/2025
Em Geral
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multa cão e gato

(Reprodução/IStock)

Para a maior parte das pessoas, cães e gatos são fonte de afeto e companhia. No entanto, para outras, a simples presença — ou até a possibilidade de encontrar um animal doméstico — pode desencadear medo intenso, ansiedade e até pânico. Segundo a psicologia, esse tipo de reação pode indicar uma fobia específica, um transtorno mais comum do que se imagina.

Sentir cautela diante de um animal desconhecido é normal. Mas quando o medo se torna desproporcional, irracional e recorrente, estamos diante de uma fobia: cinofobia (medo de cães) e ailurofobia (medo de gatos).

Nesses casos, o corpo reage como se estivesse diante de uma ameaça real, mesmo quando o animal é manso ou não há risco algum. A pessoa pode experimentar:

  • pânico ou terror súbito
  • coração acelerado
  • falta de ar
  • tremores
  • urgência de fugir
  • pensamentos catastróficos sobre o encontro

Para alguns, basta ouvir um latido distante ou imaginar que um animal pode aparecer para que o medo dispare. O cérebro passa a interpretar estímulos neutros — como o barulho de uma coleira ou um movimento rápido — como sinais perigosos.

Como essas fobias se desenvolvem

A ciência aponta vários fatores que podem originar o medo extremo de animais:

1. Experiência negativa na infância

Um susto, um arranhão ou até um cachorro muito brincalhão pulando em uma criança despreparada podem deixar uma marca emocional profunda.

2. Aprendizado por observação

Crianças podem desenvolver medo ao ver pais, irmãos ou cuidadores reagindo com pânico diante de cães ou gatos.

3. Avisos e crenças transmitidas por adultos

Ouvir repetidamente que “cachorros são perigosos” ou que “gatos são traiçoeiros” pode moldar a percepção da criança, mesmo sem experiência direta.

4. Predisposição biológica

Algumas pessoas nascem com maior sensibilidade à ansiedade e, diante do gatilho certo, desenvolvem fobias com mais facilidade.

A partir desse ponto, a evitação — evitar parques, casas de amigos com pets, ruas movimentadas ou até a própria área externa de casa — fortalece ainda mais o problema. A curto prazo, fugir do estímulo traz alívio. A longo prazo, torna a fobia mais intensa e limita progressivamente a vida da pessoa.

Impacto na vida social e emocional

As fobias relacionadas a animais podem mudar completamente a rotina. Algumas pessoas deixam de viajar, visitar familiares ou participar de eventos por medo de encontrar um animal. Outras evitam sair de casa em determinados horários ou alteram trajetos. Há casos em que o medo interfere nas relações afetivas e até nas condições de moradia.

Para crianças, a situação é ainda mais delicada: quando pais evitam expô-las ao medo, sem perceber reforçam a crença de que o animal é perigoso — o que dificulta ainda mais o enfrentamento.

O que a psicologia recomenda

A boa notícia é que fobias de cães e gatos têm tratamento, e a terapia cognitivo-comportamental é a abordagem mais eficaz. Entre as estratégias utilizadas estão:

  • Exposição gradual ao animal temido, sempre acompanhada e controlada;
  • Reestruturação de pensamentos que distorcem o perigo real;
  • Técnicas de respiração e relaxamento para reduzir a ativação corporal;
  • Educação emocional, para diferenciar alerta saudável de medo irracional.

Ao enfrentar, pouco a pouco, o estímulo temido, o cérebro aprende que ele não representa ameaça. Esse processo diminui a ansiedade e devolve ao paciente o controle da própria vida.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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