O Sol vem surpreendendo a comunidade científica com um aumento inesperado de atividade nos últimos 16 anos. O fenômeno, que inverteu as expectativas de um período prolongado de inatividade, tem amplas implicações tanto no espaço quanto na Terra.
Este aumento foi observado durante o atual Ciclo Solar 25, iniciado em 2019, que vinha sendo considerado mais fraco do que o anterior, mas agora apresenta uma intensificação surpreendente. Especialistas buscam entender as causas por trás desse “despertar” do astro, que pode ter efeitos significativos nas operações espaciais e sistemas terrestres.
Impactos no espaço e na Terra
A elevação da atividade solar é especialmente preocupante para as redes de satélites e comunicações. Tempestades solares e ejeções de massa coronal (expulsões de plasma e partículas carregadas do Sol) podem causar distúrbios nas órbitas de satélites, levando a reentradas não planejadas.
Estes fenômenos também ameaçam sistemas críticos na Terra, como eletricidade e comunicações por rádio. Em maio de 2024, uma tempestade geomagnética intensa causou auroras visíveis até no México, exemplificando o poder dessas tempestades para alterar o clima espacial.
O aumento da atividade solar intensifica o arrasto atmosférico, forçando satélites em órbita baixa à realização de manobras corretivas para manter sua estabilidade.
Tecnologias como GPS e sistemas de comunicação militar enfrentam ameaças de interrupções, que podem ter consequências sérias para a segurança global.
Medidas de mitigação
Para proteger sistemas terrestres e espaciais, agências como a NASA intensificam o monitoramento solar e desenvolvem missões de análise detalhada.
Projetos como o Interstellar Mapping and Acceleration Probe visam prever com mais precisão os eventos solares, diminuindo os potenciais danos. Avançar em sistemas de previsão também é crucial para proteger infraestruturas tecnológicas.