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País europeu fecha as portas e brasileiros não são mais bem-vindos

Por Pedro Silvini
23/10/2025
Em Geral
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Passaporte

(Reprodução/Agência Brasil)

A partir desta quinta-feira (23), Portugal inicia uma nova fase em sua política migratória — e ela será bem menos acolhedora. Entra em vigor a Lei dos Estrangeiros, um pacote de medidas anti-imigração que endurece as regras para concessão de vistos, limita o reagrupamento familiar e restringe a permanência de estrangeiros, atingindo em cheio a comunidade brasileira, a maior do país.

O governo português anunciou o fim do visto de procura de trabalho, modalidade criada em 2024 que permitia ao estrangeiro permanecer em Portugal por até 180 dias enquanto buscava emprego. A partir de agora, somente profissionais “altamente qualificados” poderão solicitar visto para trabalhar no país — um grupo que o governo ainda definirá, mas que, segundo o secretário-adjunto de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, poderá incluir “profissões técnicas específicas, como serralheiros ou eletricistas”.

A medida, sancionada pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa no último dia 16, foi impulsionada pela coalizão de direita liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro e contou com apoio decisivo do partido de extrema direita Chega, que tem pressionado por políticas migratórias mais rígidas.

Com a nova lei, os agendamentos de pedidos de visto para quem procura trabalho em Portugal serão cancelados em todos os consulados — inclusive no Brasil. Os processos enviados até 22 de outubro ainda serão avaliados pelas regras anteriores, mas novas solicitações serão automaticamente devolvidas pela empresa VFS Global, responsável pelo trâmite consular.

O governo afirma que o objetivo é “alinhar a política migratória às necessidades do país”, priorizando áreas que demandam mão de obra especializada. No entanto, o impacto deve ser sentido em setores como construção civil, agricultura e comércio, que dependem fortemente de trabalhadores estrangeiros.

Mudanças no reagrupamento familiar

Outro ponto polêmico da lei é o endurecimento das regras de reagrupamento familiar. A partir de agora, o imigrante precisará comprovar um ano de residência legal em Portugal e um ano de convivência com o cônjuge antes de solicitar a vinda da família. O direito de levar familiares também foi retirado dos estrangeiros em situação irregular e limitado apenas a quem já possui autorização formal de residência.

Além disso, o governo criou uma nova unidade policial voltada ao combate à imigração ilegal e à execução de ordens de deportação.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), vivem hoje em Portugal cerca de 513 mil brasileiros, número que representa 32% de todos os imigrantes legais no país. A comunidade brasileira é considerada essencial para a economia portuguesa — especialmente nos setores de turismo, hotelaria e serviços —, mas agora enfrenta um cenário mais incerto.

“O Brasil continuará sendo um parceiro estratégico de Portugal”, afirmou Miguel Relvas, ex-ministro e colunista da CNN Portugal. “A presença brasileira tem sido marcada pela qualificação e contribuição técnica, fundamentais para o crescimento econômico.”

Mesmo assim, especialistas alertam que o fim da regularização após a chegada — um mecanismo em vigor desde 2018 — poderá dificultar a vida de quem busca novas oportunidades no país europeu.

Uma virada na política migratória

As mudanças simbolizam o fim de uma era. Desde 2022, Portugal vinha sendo considerado um dos países mais abertos à imigração na Europa, recebendo um número recorde de novos residentes, especialmente brasileiros. Agora, o governo opta por uma postura mais restritiva, aproximando-se das políticas migratórias de outras nações da União Europeia que enfrentam pressões internas por controle de fronteiras.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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