Honduras enfrenta uma intensa disputa eleitoral desde 30 de novembro. A tensão aumentou quando Donald Trump, presidente dos Estados Unidos na época, acusou o país centro-americano de tentar mudar os resultados das eleições presidenciais.
Nesta segunda-feira, 1º de dezembro, Trump expressou, em sua plataforma Truth Social, preocupação com a contagem dos votos, alegando que a Comissão Eleitoral de Honduras havia interrompido o processo de maneira abrupta.
Detalhes da disputa eleitoral
A eleição presidencial em Honduras foi marcada por uma diferença mínima entre os candidatos principais. Nasry Tito Asfura, do Partido Nacional e apoiado por Trump, recebeu 40% dos votos preliminares.
O candidato do Partido Liberal, Salvador Nasralla, segue de perto com 39,78%. Com apenas 56% das urnas apuradas, a pequena margem gerou o anúncio de um empate técnico pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que considerou uma recontagem manual para determinar o vencedor até 30 de dezembro.
Recontagem
O CNE declarou que a contagem é pública e assegurou que o resultado seria divulgado em até 30 dias. A instabilidade técnica observada na plataforma online do CNE aumentou a incerteza sobre o processo.
As alegações de Trump, ameaçando retaliações caso os resultados fossem alterados, adicionaram um elemento de tensão nas relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Honduras. Essa situação levanta preocupações sobre a interferência estrangeira em assuntos nacionais.
Perfis dos candidatos
Nasry Asfura, ex-prefeito de Tegucigalpa que já havia sido acusado no escândalo dos Pandora Papers, mantém apoio do eleitorado conservador graças à sua aliança com Trump.
Por outro lado, Salvador Nasralla, uma figura pública conhecida por seu trabalho na televisão, tenta pela quarta vez uma vitória presidencial. Ele posiciona-se ao lado de líderes internacionais de perfis semelhantes, como Javier Milei, da Argentina, e Nayib Bukele, de El Salvador.




