Um dos nossos países vizinhos, a Guiana, anunciou um empreendimento bastante ambicioso: uma estrada de 500 km, com 50 pontes, para conectar a Amazônia ao Oceano Atlântico (lembrando que a Amazônia não é apenas brasileira e uma parte da floresta está realmente na Guiana). Esse projeto um tanto quanto megalomaníaco precisaria de um investimento que pode chegar aos R$ 5 bilhões.
Esse dinheiro vem de recursos do Banco de Desenvolvimento do Caribe (CDB), do Reino Unido e do governo da Guiana. Como você já pode imaginar, estima-se que a obra levaria décadas para ser entregue.
A estrada em si já é uma obra gigantesca, mas o projeto ainda exigiria a construção e reforma de pontes que têm uma estrutura antiga para que elas pudessem comportar veículos pesados.
Impacto dessa estrada
Essa estrada gigante iria ligar a capital guianense, Georgetown, até a cidade de Bonfim, no estado de Roraima. No Brasil, o projeto é que ela se conecte com a ponte sobre o rio Tacutu, que integra Bonfim e Lethem, interligando-se à malha rodoviária do estado brasileiro.
Atualmente, a rota “por terra” entre essas duas localidades pode levar até 21 dias, de acordo com o NSC Total, já que ela precisa passar por trajetos fluviais. Com a estrada, essa trajetória poderia ser feita em uma janela de apenas 48 horas. Segundo o NSC, essa diminuição de tempo da trajetória aumentaria o mercado para milhões de consumidores no Norte do país.
Junto a essa ideia da estrada, a Guiana também está investindo em um porto de águas profundas em Palmyra, na região de Berbice, para receber navios de grande porte e que serviria para saída e chegada de cargas que também passariam por essa estrada.




