Mix Conteúdos Digitais
  • Início
  • Últimas Notícias
  • Contato
  • PUBLICIDADE LEGAL
Mix Conteúdos Digitais
Sem resultados
Ver todos os resultados
Mix Conteúdos Digitais
Sem resultados
Ver todos os resultados

País vizinho do Brasil foi considerado a Arábia Saudita da América Latina por seu dinheiro abundante

Por Pedro Silvini
22/12/2025
Em Geral
0
Venezuela país

(Reprodução/Getty Images)

Hoje associada a uma grave crise humanitária e a um dos maiores êxodos da história recente das Américas, a Venezuela já foi sinônimo de riqueza e prosperidade. Vizinha do Brasil, a nação sul-americana chegou a ser chamada de “Arábia Saudita da América Latina”, apelido que refletia a abundância de dinheiro impulsionada pela exploração do petróleo e pelo alto padrão de vida de sua população durante boa parte do século 20.

Na primeira metade do século 20, a Venezuela já despontava como um dos maiores produtores de petróleo do mundo. A virada definitiva veio após 1958, com a queda do regime militar de Marcos Pérez Jiménez. Entre 1959 e 1983, o país viveu o que muitos historiadores classificam como suas três melhores décadas econômicas.

Nesse período, o crescimento médio anual foi de 4,3%, o desemprego se manteve em torno de 10% e a inflação era menor do que a registrada em outros países da América Latina. A estabilidade do bolívar permitia que venezuelanos viajassem com frequência ao exterior, especialmente para Miami, então vista como um paraíso de consumo.

Nos anos 1970, segundo índices da OCDE, os venezuelanos tinham o maior poder de compra da América Latina, quase três vezes superior ao dos brasileiros. Caracas exibia prédios modernos, rodovias largas e hotéis considerados luxuosos para a época. O país também ostentava um título curioso: o de maior consumidor de uísque do mundo.

Venezuela
Venezuela nos anos 60 (Reprodução/Internet)

Entre os mais ricos do planeta

O auge não se restringia ao cenário regional. Nas décadas de 1970 e 1980, a Venezuela foi o país mais rico da América do Sul e figurou entre os 20 mais ricos do mundo, beneficiada pela alta dos preços do petróleo. O país detém até hoje as maiores reservas comprovadas de petróleo do planeta.

Há cerca de 25 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano era de US$ 122,9 bilhões, com crescimento de 3,4%. No mesmo período, a Colômbia registrava PIB de US$ 98,2 bilhões e crescimento de 1,7%, enquanto o Brasil avançava apenas 1,4%.

Do protagonismo ao colapso

O cenário começou a se deteriorar com a chegada de Hugo Chávez ao poder e se agravou sob o governo de Nicolás Maduro. Especialistas apontam uma combinação de má gestão econômica, corrupção crescente, envolvimento com o narcotráfico e restrições a direitos civis e democráticos como fatores centrais do declínio.

Segundo a Associated Press, com base em entrevistas com economistas, “a queda da Venezuela é o maior colapso econômico fora de uma guerra em pelo menos 45 anos”. Entre 2014 e 2021, o PIB do país encolheu cerca de 70%. Em 2020, a economia recuou aproximadamente 30%, enquanto a hiperinflação atingiu 300 mil por cento em 2019.

As consequências sociais são dramáticas. De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), quase 8 milhões de venezuelanos — cerca de um quarto da população — deixaram o país, configurando o maior movimento migratório da história moderna das Américas. Hoje, 70% das pessoas que cruzam o perigoso Estreito de Darién rumo ao norte são venezuelanas.

Migração na Venezuela (Reprodução/Getty Images)

Entre os que permanecem no país, a situação também é crítica. Dados da ONU e da USAID indicam que 7,6 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária. Relatório do Unicef aponta que um terço da população deixa de fazer ao menos uma refeição por dia, e 12% passam um dia inteiro sem comer.

Atualmente, a taxa de pobreza ultrapassa 91%, e 67% da população vive em extrema pobreza, segundo dados recentes. No Índice de Prosperidade do Legatum Institute, que avalia riqueza e qualidade de vida, a Venezuela ocupa a 145ª posição entre 167 países, ficando à frente apenas do Haiti na América Latina e no Caribe.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

Próximo post
mala de férias

A técnica para montar a mala de férias perfeita

Confira!

cabelo praia

Como proteger seu cabelo de danos na piscina ou na praia

22/12/2025
Ana Castela e Zé Felipe

Enquanto Ana Castela e Zé Felipe curtem namoro, ex-namorado da cantora estreia como protagonista em novela da Globo

22/12/2025
Imagem: pvproductions/Freepik

Esse tipo de carregador pode explodir seu celular, revelam especialistas

22/12/2025
  • Contato

Diário do Comércio | Mix

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Contato

Diário do Comércio | Mix