Em meio ao frenesi do anúncio do novo papa, o norte americano Robert Francis Prevost, que escolheu o nome de Leão XIV, a internet se divertiu ao resgatar uma foto do religioso em Belo Horizonte, Minas Gerais, aproveitando uma cervejinha. Sim, a imagem é real, de 2004 e foi feita durante a festa de 70 anos do Colégio Santo Agostinho. Mas será que agora que ele é papa, Leão não vai poder mais beber álcool?
E a resposta é não! A Igreja Católica não proíbe que os papas (nem padres, bispos, etc) consumam álcool. “Qualquer bebida alcoólica, quando consumida com moderação, não apresenta nenhum problema à luz da doutrina católica”, explicou o padre Rafael Santos, de Brasília, Distrito Federal, ao Metrópoles. “Não há nenhuma norma que proíba o papa de consumir bebida alcoólica. Ele pode beber se quiser.”
Porém, a orientação, tanto para o clero quanto os fiéis, é evita excessos, e beber com consciência e moderação, já que o exagero do álcool, além de prejudicial para o corpo, também seria ruim para a alma, indo contra os valores de equilíbrio e autocontrole pregados pela Igreja.
Vinho tem importância tradicional na Igreja Católica
Entre as bebidas alcóolicas, o vinho é mais tradicional dentro da Igreja, por ser usado por padres durante a celebração da Eucaristia. “O vinho é muito importante na liturgia católica porque, junto com o pão, ele é essencial para a celebração da eucaristia, sacramento no qual os católicos creem na transubstanciação, ou seja, na conversão real desses elementos no corpo e no sangue de Cristo”, explicou a doutora em teologia, Denise Santana, ao Metrópoles.
Há mais de 20 anos, a vinícola espanhola Heras Cordón fornece vinhos para o Estado papal. Ela foi escolhido ainda por João Paulo II.