Em 1998, a apresentadora Xuxa Meneghel estava no auge de sua carreira na TV Globo com o programa “Planeta Xuxa” e planejava lançar um empreendimento ousado: um parque aquático temático em Itanhaém, litoral de São Paulo.
Esse projeto, chamado Xuxa Water Park, foi idealizado em parceria com a Empresa Brasileira de Parques (Embraparques), da qual Xuxa era sócia, e prometia uma experiência de lazer única no Brasil. No entanto, o local escolhido para o parque, uma extensa área de mata atlântica, levantou preocupações ambientais significativas.

Empreendimento ambicioso
O ambicioso plano enfrentou um sério revés. A construção do parque estava prevista para ocorrer em uma área de 582 mil metros quadrados, resultando no desmatamento de 400 hectares de mata atlântica.
Essa escolha gerou uma intervenção do Ministério Público de São Paulo, com o apoio do Ibama. As autoridades alegaram que o projeto colocava em risco a fauna local, acionando o poder judiciário para impedir o empreendimento.
Veredito judicial
Em agosto de 1999, foi proferida uma decisão crucial pela 12ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. O juiz João de Vincenzo anulou a licença ambiental que havia sido concedida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
A decisão considerou o projeto ambientalmente agressivo e ilegal, frustrando as expectativas de Xuxa, que vislumbrava a criação de milhares de empregos diretos e indiretos na região de Itanhaém.
O cancelamento do Xuxa Water Park não impactou apenas a anfitriã do projeto, mas também afetou a comunidade local, que via no parque uma oportunidade de desenvolvimento econômico e social.
Mesmo décadas depois, o caso do parque aquático da Xuxa reflete a importância de equilibrar o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente.




