Uma explosão de grande proporção atingiu, na manhã desta terça-feira (12), a fábrica da Enaex Brasil, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, deixando nove mortos e sete feridos. O acidente foi grave o suficiente para interromper a programação da TV Globo, com o jornalista César Tralli entrando ao vivo para informar sobre a tragédia.
A empresa, líder na produção de explosivos e serviços de fragmentação de rochas, confirmou que as vítimas fatais eram seis homens e três mulheres. Os nomes foram divulgados oficialmente: Camila de Almeida Pinheiro, Cleberson Arruda Correa, Eduardo Silveira de Paula, Francieli Gonçalves de Oliveira, Jéssica Aparecida Alves Pires, Márcio Nascimento de Andrade, Pablo Correa dos Santos, Roberto dos Santos Kuhnen e Simeão Pires Machado.
Operação de busca e identificação
As buscas por vestígios das vítimas foram retomadas na manhã desta quarta-feira (13) pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Científica, Polícia Militar, Esquadrão Antibombas e Polícia Civil. Segundo a capitã Lusiana Guimarães Cavalva, o local passou por nova varredura para garantir segurança às equipes.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, a força da explosão fragmentou os corpos, tornando necessária a identificação por exame de DNA, conduzido pela Polícia Científica.
Histórico de acidentes e investigação
A fábrica, conhecida popularmente como Britanite, já registrou outros incidentes. Em maio de 2024, uma explosão matou dois funcionários, e em 2000, outro acidente deixou um morto.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Antonio Geraldo Hiller Lino, afirmou que a explosão ocorreu às 5h50, em uma área de armazenamento de material pronto para transporte. A detonação abriu uma cratera no terreno e espalhou resíduos pelo local, que serão analisados por especialistas do Esquadrão Antibombas.
As investigações estão a cargo das Polícias Civil e Científica e do Ministério Público do Trabalho no Paraná, que devem apurar as causas e eventuais responsabilidades.