Em 536 d.C., a humanidade enfrentou um fenômeno devastador, conhecido como “Noite Eterna“. Durante cerca de 18 meses, a Europa, a Ásia e o Oriente Médio vivenciaram uma escuridão quase total. Isso ocorreu devido a erupções vulcânicas massivas, que lançaram partículas na atmosfera, bloqueando a luz solar e resultando em um significativo declínio de temperatura.
As temperaturas caíram entre 2,5 e 1,5 graus Celsius em várias regiões, desencadeando uma série de eventos climáticos extremos. Nevascas foram registradas na China durante o verão, comprometendo seriamente as colheitas e ameaçando a sobrevivência das populações.
O fenômeno, agora conhecido como “inverno vulcânico”, causou sérios problemas sociais e econômicos. Cientistas apontam que não há previsão de que outro evento como esse possa ocorrer novamente.
Registros históricos descrevem o sol como semelhante à lua, tamanha foi a diminuição de sua luminosidade. Esse bloqueio à luz solar afetou não apenas o clima, mas também causou fomes generalizadas, levando ao colapso social em várias regiões afetadas.
Consequências globais
As consequências das erupções foram amplas e devastadoras. As comunidades tiveram que adaptar suas práticas agrícolas e buscar novas formas de armazenar alimentos. Contudo, essas adaptações foram insuficientes para conter a crise alimentar que se instaurou. As erupções causaram falhas generalizadas nas colheitas, resultando em fome.
A crise também teve impactos além da economia. As sociedades enfrentaram desafios gigantescos, como doenças respiratórias, causadas pela poeira vulcânica persistente no ar. Os registros da época apontam para esforços desesperados para conter a crise, sem sucesso.
Erupções seguintes
O ano de 536 d.C. não foi isolado em sua calamidade. Novas erupções ocorreram em 540 d.C. e 547 d.C., prolongando ainda mais o período de frio e escuridão. Esses eventos formaram a década mais fria dos últimos dois milênios, segundo estudos baseados em anéis de árvores e registros geológicos.
A economia global sofreu um duro golpe, com o colapso dos mercados e a paralisação das rotas comerciais.