Você já parou para pensar que os jogos com que você brincava quando era criança impactaram a forma como você pensa e raciocina? Provavelmente não, mas é exatamente esse o tema de um estudo recente, que explora como jogos dos anos 90 e do começo dos anos 2000 impactaram a forma de pensar da Geração Z e Alpha em comparação aos Millenials.
Lembrando:
- Millenials: nascidos entre 1980 e 1996;
- Geração Z: entre 1997 e 2012;
- Geração Alpha: entre 2013 e 2024/2025.
Uma matéria do Newsweek fala sobre isso, explicando como os videogames mais antigos eram mais lentos, com segredos escondidos que precisavam ser descobertos pelo jogador explorando. Enquanto isso, os jogos mais novos exigem mais velocidade, com notificações constantes e “urgentes”, setas brilhantes indicando o caminho e cobrando muito pouco da paciência e resiliência necessária em jogos mais antigos.
A jornalista Daniella Gray conversou com profissionais de saúde mental, que apontam que essas mudanças não são meramente tecnológicas, mas também psicológicas, mudando (e muito) como o cérebro das crianças se desenvolve e processa desafios.
Como os jogos mudaram a cabeça da Geração Z
Veronica Lichtenstein, profissional de saúde mental e ex-professora, argumentou que “zerar” os jogos dos anos 90 trazia um senso de satisfação ao seu cérebro, a sensação de que você tinha finalmente terminado um projeto difícil. Enquanto isso, em muitos jogos modernos, sempre são oferecidas “ofertas especiais” em que o dinheiro é um atalho para conseguir finalizar alguma etapa difícil do processo.
Ao Newsweek, Lichtenstein descreveu esses jogos como “dopamina junk-food”, uma satisfação que desaparece rapidamente e que treina as crianças para sempre procuraram mais estímulos, ao invés da satisfação familiar e lenta dos jogos dos anos 90. “Jogos dos anos 90 são um desafio para desenvolver suas habilidades. Os jogos de hoje costumam ser um teste para sua resistência psicológica. Muitos são feitos para rastrear, explorar e viciar”, sintetiza a especialista.




