Os preços da carne bovina nos Estados Unidos atingiram níveis históricos devido a uma combinação de alterações climáticas, restrições comerciais ao México e tarifas sobre produtos brasileiros. Em julho, a carne para churrasco registrou média de US$ 11,875 por libra, equivalente a aproximadamente R$ 150 por quilo, com um aumento de 3,3% em apenas um mês.
Este fenômeno é particularmente relevante para os consumidores norte-americanos que agora enfrentam custos mais altos. A carne moída também foi impactada, com um aumento de 3,9% em julho e 15,3% nos últimos seis meses, alcançando cerca de R$ 75 por quilo.
Influência climática
Nos Estados Unidos, a seca prolongada tem sido um dos principais fatores que afetam a pecuária. A escassez de água reduziu significativamente o número de animais nos pastos, diminuindo a produtividade.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a produção doméstica de carne deve chegar a 25,9 bilhões de libras em 2023, representando uma redução de aproximadamente 4% em relação às previsões iniciais. Essa queda na oferta é fundamental para entender o aumento dos preços.
Tarifas e restrições comerciais
As tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros afetaram as importações de carne bovina. A expectativa é de uma redução de cerca de 180 mil toneladas até 2026.
Ao mesmo tempo, o governo dos EUA restringiu a importação de gado mexicano devido à praga “bicheira do Novo Mundo”. O USDA está desenvolvendo iniciativas para combater essa praga, mas os efeitos dessas medidas podem ser percebidos apenas a médio e longo prazo.
Consequências para o consumidor
As consequências dessas circunstâncias combinadas já impactam o consumidor americano. A carne moída, amplamente utilizada na culinária dos Estados Unidos, especialmente em hambúrgueres, sofreu um aumento significativo de preço.
Esta tendência reflete a menor oferta de carne, que está em seu nível mais baixo dos últimos anos. Com isso, espera-se que os preços elevados continuem afetando os consumidores nos próximos meses.




