A proposta de uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro, anunciada por Donald Trump nesta quarta-feira, 9 de julho, gerou considerável repercussão. O Brasil, principal fornecedor do grão aos Estados Unidos, vê essa ação como uma ameaça significativa ao seu mercado de exportação, com potenciais impactos econômicos para ambas as nações.
Essa proposta tarifária, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto, já afeta os preços futuros do café, que registraram uma alta de 3,5% em Nova York.
A decisão do governo de Trump está vinculada ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe. O mercado americano representa uma fração crucial das exportações brasileiras de café, com 16% do total de 2024 direcionado ao país. Isso amplia as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Impactos econômicos nos Estados Unidos
A nova tarifa imposta pelo governo americano não apenas desafia a indústria brasileira, mas também o mercado consumidor dos Estados Unidos. Com três em cada quatro americanos consumindo café regularmente, espera-se que os preços subam, impactando diretamente os consumidores.
A movimentação tarifária pode criar brechas para outros países se posicionarem como fornecedores alternativos. O Vietnã, também afetado por tarifas, desponta como um potencial competidor, enquanto tenta ampliar sua influência no mercado global de café.
Reação do Brasil
Diante do cenário tarifário, o governo brasileiro considera a adoção de medidas de reciprocidade para mitigar os impactos esperados. Debates sobre a busca por novos mercados e a exploração de oportunidades comerciais alternativas estão em andamento.
A relação comercial entre os dois países no setor cafeeiro é economicamente relevante e está em plena avaliação.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil acompanha de perto os desdobramentos e elabora estratégias para defender os interesses nacionais.
