O preço do ouro, que historicamente é um dos investimentos mais seguros do mundo, pode enfrentar uma reviravolta nos próximos anos. A razão? Um asteroide localizado a 370 milhões de quilômetros da Terra, avaliado em impressionantes 10 quintilhões de dólares, está no centro de uma missão da NASA que pode mudar para sempre a economia global.
Chamado de 16 Psique, esse gigante espacial tem cerca de 226 km de diâmetro e orbita no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Estudos recentes, baseados em observações do Telescópio Espacial Hubble, sugerem que ele é composto quase inteiramente de metais como ferro, níquel, platina e ouro — elementos extremamente valiosos no mercado terrestre.
Segundo cientistas, Psique pode ser o núcleo remanescente de um planeta que nunca chegou a se formar. Essa característica faz com que ele seja não apenas um “tesouro cósmico”, mas também uma chave para entender a formação do Sistema Solar.
Por que isso ameaça o preço do ouro?
Se futuramente for viável explorar economicamente esse asteroide — algo que hoje parece distante, mas está nos planos de longo prazo de agências espaciais e empresas privadas — a quantidade absurda de metais disponíveis poderia inundar o mercado global. Isso derrubaria drasticamente o valor de commodities como o ouro, que atualmente é considerado um ativo seguro.
Para se ter uma ideia, o valor estimado de todos os metais do 16 Psique é 70 mil vezes maior que toda a economia global atual, avaliada em cerca de US$ 142 trilhões.
Quando isso pode acontecer?
A NASA já lançou a missão Psyche, que partiu em outubro de 2023 para estudar o asteroide. A nave deve chegar ao destino em 2029, trazendo informações inéditas sobre sua composição e origem. Embora não haja planos imediatos para mineração espacial em larga escala, especialistas afirmam que essa tecnologia pode se tornar realidade nas próximas décadas.
Apesar do potencial econômico, trazer grandes quantidades de metal do espaço para a Terra é um desafio tecnológico e logístico gigantesco. Até hoje, missões como OSIRIS-REx e Hayabusa2 conseguiram retornar apenas pequenas amostras de asteroides.