Depois que a Polícia Federal desmantelou um esquema de fraude bilionário no INSS – Instituto Nacional do Seguro Social -, o presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, foi demitido da posição que ocupava desde 2023. Quem assumiu o cargo foi Gilberto Waller, que fez um pronunciamento na ultima segunda (5) sobre o ressarcimento dos valores desviados.
“Quando sair o plano de ressarcimento, todos serão avisados. Todos os canais serão os oficiais para você procurar. O acesso será rápido, célere e sem nenhuma burocracia, você mesmo vai poder fazer”, declarou Waller à CNN. O governo pretende criar um canal específico através do qual vítimas da fraude possam solicitar o ressarcimento dos valores diretamente ao INSS.
Sabemos que, na última sexta (2), o novo presidente do órgão teve uma reunião com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para discutir a questão do ressarcimento do dinheiro das vítimas. De acordo com o blog da Ana Flor, colunista do g1, o presidente Lula deu carta branca para Waller fazer as mudanças que ele acreditar serem necessárias.
O executivo ainda alertou para que aposentados e pensionistas que tenham sido vítimas do golpe tomem cuidado com golpes que prometem a devolução do dinheiro. Ele pediu para que os beneficiários “não assinem nada” e nem compartilhem senhas.
Como funcionava a fraude do INSS
A fraude funcionava da seguinte forma: associações que prestam serviços para beneficiários do órgão cadastravam aposentados e pensionistas de forma irregular, muitas vezes usando assinaturas falsas. Com isso, essas associações começavam a descontar uma mensalidade diretamente na folha de pagamento dos beneficiários.
Dessa forma, segundo as estimativas da polícia, o esquema retirou cerca de R$ 6,3 bilhões do bolso de milhares de brasileiros entre 2019 e 2024.