A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta terça-feira, dia 14, contra o pedido de prisão preventiva do deputado federal Eduardo Bolsonaro. O pedido foi apresentado pelos parlamentares Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).
O procurador-geral, Paulo Gonet, argumentou que a solicitação de uma prisão preventiva cabe exclusivamente à PGR ou à Polícia Federal, conforme o Código de Processo Penal. Estas instituições têm o papel de iniciar tal medida em investigações criminais, não podendo terceiros fazer esse tipo de requerimento.
Posição da PGR
A PGR declarou estar disposta a avaliar medidas cautelares, conforme necessário no caso. Esta decisão revela uma abordagem pragmática, adaptada às circunstâncias jurídicas.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), decidirá os próximos passos no processo. Esta decisão está em linha com o princípio de que apenas entidades com legitimidade processual podem encaminhar tais requerimentos.
Desafios legais para Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro enfrenta acusações de coação em processo judicial devido a esforços para impor sanções dos EUA contra o Brasil. Essa situação levanta questões sobre a eficácia de ações judiciais, já que ele reside nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025.
Nos EUA, ele influenciou o governo americano a adotar medidas econômicas contra o Brasil. O ministro Alexandre de Moraes afirma que ele está no exterior para evitar responsabilizações legais no Brasil.