Carlos Portugal Gouvêa, professor da Universidade de São Paulo (USP), foi detido nos Estados Unidos após um incidente com uma arma de pressão perto de uma sinagoga em Massachusetts. Gouvêa, cidadão brasileiro, estava atuando como professor visitante na Universidade de Harvard.
A situação se complicou quando o Departamento de Estado dos EUA revogou seu visto, alegando motivo antissemita, uma interpretação que as autoridades locais não corroboraram.
Witnesses afirmaram que o incidente ocorreu na véspera do Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico. De acordo com o boletim de ocorrência, Gouvêa usava a arma para caçar ratos na área. No entanto, o episódio foi rapidamente classificado pelas autoridades americanas como antissemita, levando à sua prisão e consequente revogação de visto.
Repercussões
Apesar da controvérsia, o próprio Templo Beth Zion, junto com a polícia de Brookline, concluiu que não havia evidências de que o incidente tenha sido motivado por intolerância religiosa. Gouvêa concordou em se retirar dos Estados Unidos voluntariamente para evitar um processo judicial prolongado.
Ele também fez um acordo judicial que resultou na retirada de algumas acusações.
A prisão de Gouvêa ocorre em meio a tensões entre o governo americano e a Universidade de Harvard sobre questões de antissemitismo no campus. Harvard, no entanto, não emitiu declarações oficiais sobre o caso.
O contexto reafirma a importância de lidar cuidadosamente com incidentes que possam ser mal interpretados, especialmente em se tratando de acadêmicos estrangeiros.



