A Polícia Federal desmantelou um esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), liderado por um indivíduo conhecido como “Rei do Benefício”. Este grupo utilizou técnicas para manipular a plataforma Meu INSS, resultando em um prejuízo de R$ 30 milhões ao longo de mais de dez anos.
O homem apontado pela Polícia Federal (PF) como sendo o mentor do esquema ensinava a outros criminosos as artimanhas usadas para aplicar os golpes.
A operação foi deflagrada na manhã de 17 de julho, após uma investigação extensa que revelou como o acesso privilegiado era usado para simular cadastros fraudulentos. A operação ocorreu majoritariamente no Rio de Janeiro, mas as fraudes tiveram repercussões nacionais.
Estrutura do esquema criminoso
O esquema do “Rei do Benefício” envolvia gerentes bancários e servidores públicos para manipular dados de terceiros, facilitando a abertura de contas fraudulentas e requisição ilícita de benefícios. Em seis meses, o grupo criou 415 requerimentos falsos, acumulando R$ 1,6 milhão em prejuízo.
A extensão das manipulações impossibilitou o saque de todas as contas antes da identificação das fraudes, resultando em suspensões dos benefícios. Os gerentes bancários envolvidos cobravam taxas para abertura de contas que sustentavam o esquema.
Operação Fraus
A Operação Fraus, conduzida pela Polícia Federal, executou mandados de busca e apreensão em várias cidades do Rio de Janeiro, como Armação dos Búzios, Cabo Frio, São Gonçalo e Casimiro de Abreu. A investigação revelou outras fraudes menores nos procedimentos do INSS.
Outras operações, “Destinatário” e “Sem Desconto”, expuseram desvios de até R$ 6,3 bilhões, associados a crimes organizados envolvendo reativação e transferência ilícita de benefícios.
Os suspeitos enfrentam acusações de estelionato previdenciário, corrupção ativa e outros crimes. As investigações em andamento podem levar a mudanças nas políticas do INSS, visando impedir novos golpes.