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Protetor solar que todos usam pode estar ligado ao câncer de pele

Por Pedro Silvini
15/09/2025
Em Geral
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Protetor Solar Câncer

(Reprodução/IStock)

Um estudo independente realizado pela organização de defesa do consumidor Choice Australia expôs falhas graves em 16 dos 20 protetores solares mais vendidos no país. Os produtos, que incluem marcas internacionais como Neutrogena e Banana Boat, além de nomes locais como Bondi Sands e até a própria Cancer Council, não alcançaram o fator de proteção solar (FPS) declarado nas embalagens.

A descoberta teve efeito imediato: consumidores revoltados, investigações abertas pela Therapeutic Goods Administration (TGA) — a agência reguladora de medicamentos e cosméticos da Austrália — e a retirada de itens das prateleiras.

“Definitivamente não é um problema restrito à Austrália”, afirmou à BBC a química cosmética Michelle Wong, apontando falhas regulatórias que podem se repetir em outros países.

Casos graves e recall milionário

O caso mais alarmante envolveu o Lean Screen SPF 50+, da marca Ultra Violette, vendido por mais de 50 dólares australianos. O protetor foi considerado a “falha mais significativa” da análise. Após negar problemas, a empresa voltou atrás e anunciou o recall, citando “resultados inconsistentes” em testes posteriores.

Apesar das evidências, várias companhias contestaram os achados, alegando que seus próprios ensaios comprovariam a eficácia dos produtos. O impasse expôs um vácuo regulatório: a ausência de padrões universais de fiscalização para produtos que milhões de pessoas usam diariamente como primeira linha de defesa contra o câncer de pele.

País recordista em câncer de pele

A polêmica tem peso ainda maior na Austrália, que registra a maior incidência de câncer de pele do mundo. Estima-se que dois em cada três australianos desenvolverão a doença ao longo da vida, e mais de 2 mil morrem anualmente em decorrência dela.

Campanhas de saúde pública como o clássico slogan “Slip, Slop, Slap” — vista de camisa, passe protetor, coloque chapéu — marcaram gerações, mas a cultura do bronzeado e a alta exposição solar ainda desafiam a prevenção.

“Se os protetores não oferecem o FPS prometido, toda a lógica das campanhas de proteção cai por terra”, alertou um porta-voz da Choice.

Debate global

A repercussão internacional ganhou força após o ex-presidente dos EUA Joe Biden e o chef britânico Gordon Ramsay relatarem diagnósticos recentes de câncer de pele. Biden, que já liderou a iniciativa Cancer Moonshot, passou por cirurgias para retirada de lesões. Ramsay revelou em tom bem-humorado que removeu um carcinoma próximo à orelha, mas fez um apelo sério: “Não se esqueçam do protetor solar.”

Enquanto celebridades e autoridades tornam públicos seus casos, especialistas reforçam a urgência de confiança nos produtos. O câncer de pele é o tipo mais frequente no mundo e, em sua forma mais agressiva — o melanoma —, pode ser fatal.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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