Um psicodélico chamado ibogaína, extraído da raiz de uma planta da África Central, a iboga, vem sendo usado como um tratamento para vários problemas de saúde e para dependência em drogas. Na Conferência de Ciência Psicodélica, em Denver, em junho, várias pessoas descreveram suas experiências com o psicodélico, descrevendo ele como uma espécie de “droga milagrosa”, de acordo com o The New York Times.
Por enquanto, a substância é ilegal nos Estados Unidos, mas estudos recentes defendem o uso terapêutico da ibogaína.
Um dos exemplos de defensores da ibogaína citados pelo The NY Times é o ex-candidato republicano à presidência Rick Perry, que se submeteu a um tratamento com ibogaína em uma clínica médica no México. Por mais de 12 horas sob o efeito da substância, Perry passou por alucinações, vomitou várias vezes e perdeu parte da coordenação motora.
Porém, na manhã seguinte ao tratamento, ele relatou que acordou com a “mente clara”, uma “sensação quente” pelo corpo. “Eu estava tão calmo e feliz quanto me lembrava de ter estado na vida”, contou Perry.
Na Conferência de Ciência Psicodélica, Perry e outros defensores do psicodélico afirmaram que ela “pode interromper vícios, reduzir suicídios, reverter doenças neurodegenerativas, prolongar a saúde do cérebro e até reconectar indivíduos com sua espiritualidade”, afirma o The NY Times.
Esse grupo busca financiamento público para desenvolver um composto da substância nos EUA. Inicialmente, os tratamentos envolvendo a droga seriam aplicados de forma experimental em veteranos militares.
Psicodélico oferece perigos
Vale destacar que, apesar do potencial terapêutico, a ibogaína oferece perigos, principalmente se o paciente receber uma dose errada ou não estiver com os sinais sendo monitorados, já que a substância aumenta o intervalo entre batimentos cardíacos.