O tratamento da diabetes vai muito além dos medicamentos. Segundo especialistas, a alimentação adequada é um dos pilares fundamentais para manter os níveis de glicose no sangue sob controle e evitar complicações graves. Entre os ajustes mais importantes está a exclusão ou redução severa do consumo de açúcar refinado, apontado como o pior inimigo dos diabéticos.
De acordo com a nutricionista Juliana Andrade, consultada pelo portal Metrópoles, o açúcar refinado — presente em produtos como refrigerantes, bolos, doces e guloseimas industrializadas — possui alto índice glicêmico. Isso significa que ele é absorvido rapidamente pelo organismo, provocando picos de glicose no sangue, o que pode ser extremamente perigoso para quem convive com a doença.
Açúcar refinado: o vilão silencioso
Embora nenhum alimento seja totalmente proibido, o consumo de açúcar refinado deve ser evitado ao máximo por pessoas com diabetes. Segundo nutricionistas internacionais como Tanya Freirich, especializada em dietas terapêuticas, a alimentação é a chave para manter a condição sob controle e evitar oscilações perigosas da glicemia.
A recomendação é substituir bebidas açucaradas por opções sem adição de açúcar, como água com gás, chás naturais e água aromatizada com frutas sem açúcar.
Outros alimentos que merecem atenção
Além do açúcar refinado, outros itens alimentares devem ser consumidos com extrema cautela:
- Doces industrializados e produtos de panificação embalados
Esses alimentos contêm altos níveis de açúcares adicionados, carboidratos refinados e gorduras saturadas, mas oferecem pouco valor nutricional. A nutricionista Bonnie Taub-Dix alerta que esses produtos são frequentemente ricos em calorias vazias. - Bebidas alcoólicas
A nutricionista Palinski-Wade explica que o álcool pode interferir na função do fígado, dificultando a liberação de glicose no sangue. Isso aumenta o risco de hipoglicemia, especialmente para quem faz uso de insulina ou medicamentos específicos. Além disso, muitas bebidas alcoólicas são ricas em açúcar e carboidratos, o que pode gerar picos glicêmicos seguidos de quedas bruscas.