As principais redes sociais na China, como WeChat, Douyin, Weibo e RedNote (Xiaohongshu), começaram a aplicar rótulos em conteúdos gerados por inteligência artificial nesta semana. A medida segue uma legislação recente que objetiva aumentar a transparência e permitir que usuários identifiquem facilmente conteúdos originados por IA.
Os rótulos são aplicados em textos, imagens, áudios e vídeos e devem estar presentes nos metadados dos arquivos. A medida é definida pela Administração do Ciberespaço da China (CAC), que supervisiona a aplicação correta dessas normas.
Ampliação do controle sobre o conteúdo
Esta legislação surge em um ambiente de crescente controle sobre inteligência artificial na China. Em abril, a CAC lançou uma campanha destinada a monitorar aplicativos e serviços de IA, com o intuito de evitar a disseminação de desinformação.
Empresas, tanto chinesas quanto internacionais, que operam no país devem obedecer às novas regras. A Apple, por exemplo, precisa ajustar o monitoramento na App Store para garantir a conformidade dos aplicativos.
Mudanças no mercado
A obrigatoriedade dos rótulos afeta diretamente os provedores de serviços de IA generativa, que são obrigados a implementar essas identificações de forma visível e nos metadados. As diretrizes visam assegurar a origem do material consumido pelos usuários.
A China adota uma estratégia centralizada para controlar o uso de IA, obrigando empresas a cumprir regulamentações rigorosas, o que pode aumentar os custos e a complexidade do uso dessas tecnologias.
De acordo com as novas diretrizes, espera-se que o controle e a supervisão para garantir a conformidade no uso da inteligência artificial estabeleçam novos padrões na China.