Em agosto, quase 1 milhão de famílias brasileiras enfrentaram a exclusão do programa Bolsa Família, devido a novos critérios de elegibilidade adotados pelo governo federal. A alteração, que é parte de um esforço para garantir que o benefício chegue a quem realmente precisa, impactará diretamente 958 mil domicílios, incluindo aqueles que ultrapassaram a renda mínima necessária para continuar no programa.
A atualização automática dos dados de renda familiar, facilitada pela integração com o Cadastro Nacional de Informações Sociais, é parte essencial deste processo.
Novas regras
A partir deste mês, 536 mil famílias deixarão de receber o benefício por excederem o limite de dois anos de recebimento parcial, conforme previsto na Regra de Proteção. Este mecanismo permite que famílias cujo rendimento per capita ultrapassou o limite estabelecido recebam uma parte do benefício durante um período de transição.
Além disso, aproximadamente 385 mil lares foram excluídos por ultrapassarem a renda per capita de meio salário mínimo, atualmente estipulada em R$ 759.
Critérios de exclusão
Os novos critérios de exclusão se baseiam no aumento dos rendimentos dos beneficiários. O sistema de atualização automática de dados, que eliminou a necessidade de comparecimento ao CRAS para regularização cadastral, permitiu uma verificação mais eficaz dos rendimentos.
Isso resultou na exclusão de muitas famílias que, devido a empregos formais ou sucesso em empreendimentos, agora não mais se qualificam ao auxílio.
Reinclusão no programa
Mesmo após a exclusão, as famílias podem retornar ao Bolsa Família. O processo de reintegração prioriza casos onde a condição de pobreza foi retomada.
Desde o início das revisões em 2023, o Ministério do Desenvolvimento Social incluiu 646 mil novas famílias no programa, ajustando-se aos critérios aperfeiçoados.




