Um lançamento recente da Netflix trouxe de volta à memória um acontecimento bizarro da história dos Estados Unidos: quando sete pessoas morreram por causa de um remédio envenenado. Com três episódios, a série documental “Caso Arquivado: Os Assassinatos do Tylenol” está atualmente em segundo lugar entre as séries mais vistas do streaming no mundo.
O ano era 1982. Na cidade de Chicago, sete pessoas morreram de forma repentina após tomarem cápsulas de Tylenol extra forte. Mary Kellerman, de apenas 12 anos, foi a primeira vítima. Além de terem tomado o mesmo remédio, havia um outro ponto em comum: todas tinham tomado cápsulas do mesmo lote do medicamento.
Rapidamente, a polícia descobriu que as cápsulas ingeridas pelas vítimas tinham sido adulteradas por um veneno mortal: cianeto de potássio. As cápsulas não foram envenenadas durante a fabricação, mas depois. As embalagens foram abertas, adulteradas e colocadas de volta nas prateleias.
Segundo a Exame, o principal suspeito foi James William Lewis, que enviou uma carta à fabricante do remédio exigindo US$ 1 milhão para terminar com os envenenamentos. Preso e condenado por extorsão, Lewis nunca foi acusado formalmente pelo envenenamento (crime que ele nunca assumiu) e morreu em 2023.
Outro investigado foi um funcionário de um depósito com conhecimento químico, mas a polícia não conseguiu provas o bastante contra ele. O mistério permanece sem solução até os dias de hoje.
O caso gerou pânico nacional e a fabricante do medicamento teve que recolher aproximadamente 31 milhões de frascos pelos EUA, um enorme prejuízo financeiro.
Remédio é um dos mais vendidos do mundo
O Tylenol, ou Paracetamol (seu “irmão” genérico), é um analgésico e um antitérmico usado para tratar dores leves a moderadas e febres.