Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) passaram a receber R$ 46.366,19 de salário-base a partir de fevereiro de 2025, conforme o reajuste de 18% aprovado pelo Congresso Nacional em 2022. O aumento foi escalonado em três etapas e eleva o subsídio pago à mais alta Corte do país, que também define o teto salarial do funcionalismo público federal.
O reajuste vem sendo aplicado gradualmente desde abril de 2023, quando o valor subiu de R$ 39.293,32 para R$ 41.650,92. Em seguida, passou para R$ 44.008,52 em fevereiro de 2024, e chegou ao patamar final em 2025.
De acordo com o Portal da Transparência do STF, os salários líquidos — já descontados Imposto de Renda, contribuição previdenciária e outros abatimentos — variam significativamente. Em dezembro de 2024, por exemplo, as remunerações líquidas oscilaram entre R$ 10,4 mil e R$ 28,9 mil, dependendo dos descontos e benefícios individuais.
Confira a relação completa:
| Ministro | Salário bruto (R$) | Salário líquido (dez/2024) |
|---|---|---|
| Alexandre de Moraes | 44.008,52 | 26.271,73 |
| André Mendonça | 44.008,52 | 10.428,02 |
| Luiz Fux | 44.008,52 | 22.569,39 |
| Cármen Lúcia | 44.008,52 | 28.960,90 |
| Cristiano Zanin | 44.008,52 | 21.750,18 |
| Flávio Dino | 44.008,52 | 24.697,76 |
| Gilmar Mendes | 44.008,52 | 28.465,22 |
| Dias Toffoli | 44.008,52 | 22.608,01 |
| Kassio Nunes Marques | 44.008,52 | 20.757,89 |
| Luís Roberto Barroso | 44.008,52 | 27.013,75 |
| Edson Fachin | 44.008,52 | 27.017,99 |
Benefícios e abono permanência
Além do salário, os ministros têm direito a férias, aposentadoria integral e abono permanência, um bônus pago a quem já poderia se aposentar, mas opta por continuar em atividade. O valor corresponde à contribuição previdenciária do servidor.
Atualmente, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, recebe R$ 7.208,15 de abono permanência. O benefício também é pago aos ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Edson Fachin.
Os magistrados contam ainda com segurança institucional em eventos públicos e privados, além de estrutura de apoio para o exercício das funções.
Barroso anuncia aposentadoria antecipada
Nesta quinta-feira (9), o ministro Luís Roberto Barroso, que preside o STF desde 2023, anunciou aposentadoria antecipada. Embora pudesse permanecer no cargo até 2033, quando completaria a idade limite, Barroso decidiu deixar a Corte antes do prazo.
Em seu discurso no plenário, afirmou:
“Não podia sair antes de terminar o julgamento do golpe; era meu dever estar aqui.”
Com a saída de Barroso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a oportunidade de indicar mais um nome para o Supremo, o 11º da atual composição.
