Com a popularização de ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, muitos brasileiros têm buscado respostas para dúvidas sobre finanças pessoais e investimentos. Mas, apesar da praticidade, é preciso atenção: a IA não substitui a análise humana nem deve ser usada como única base para tomar decisões financeiras.
Segundo especialistas, o uso de IA no mundo dos investimentos pode ser muito útil para quem está começando, especialmente como ferramenta de educação financeira. O ChatGPT, por exemplo, pode explicar o que são títulos de renda fixa, como funciona a Bolsa de Valores ou quais são os perfis de investidor. Ele também ajuda a entender indicadores como P/L ou ROE, além de comparar balanços financeiros e até analisar sentimentos do mercado captados em redes sociais.
Ferramentas como as IA’s ajudam a:
- Explicar conceitos financeiros complexos em linguagem acessível
- Comparar empresas da Bolsa e setores de atuação
- Interpretar dados de balanços e indicadores econômicos
- Fazer contas, estimativas e simulações básicas
- Apresentar cenários macroeconômicos e microeconômicos
- Acompanhar e resumir notícias e eventos do mercado
- Ajudar a identificar o seu perfil de investidor
Mas atenção: não confie cegamente
Apesar das vantagens, a IA generativa pode gerar erros, distorções e até recomendações incorretas — um fenômeno conhecido como alucinação. Um exemplo citado por especialistas foi uma resposta do ChatGPT que listou um fundo de investimento pouco relevante como um dos mais rentáveis, sem base adequada nos dados do mercado.
Além disso, a forma como a pergunta é feita influencia diretamente na resposta. Quanto mais vaga ou genérica a pergunta, maior a chance de a resposta conter informações imprecisas ou enganosas. Por isso, é fundamental que o usuário tenha algum grau de familiaridade com o tema e saiba avaliar criticamente o que a IA retorna.
Então, como investir com o apoio da IA?
Use o ChatGPT e outras IAs como uma espécie de “consultor de apoio”, que te ajuda a entender melhor o cenário, fazer comparações e levantar dados relevantes. A decisão final, no entanto, deve considerar:
- Seu perfil de risco (conservador, moderado ou agressivo)
- Sua meta financeira e prazo do investimento
- O risco associado ao produto escolhido
- A verificação das informações em fontes oficiais, como a CVM ou a B3
- Eventualmente, o suporte de um consultor ou planejador financeiro profissional