Pouco lembrada no cardápio diário, a ameixa seca, apelidada de “ouro negro”, tem conquistado espaço na mesa de quem busca mais saúde. Rica em fibras, vitaminas e compostos antioxidantes, a fruta desidratada voltou ao centro das atenções após a divulgação de dois estudos internacionais que apontam benefícios para a prevenção do diabetes tipo 2 e da osteoporose.
A pesquisa mais recente, publicada na revista Nutrition and Metabolism, reuniu dados de 428 mil pessoas do banco britânico UK Biobank e revelou que o consumo regular de frutas secas, incluindo a ameixa, pode reduzir o risco de diabetes tipo 2. A explicação estaria nos flavonoides, carotenoides e fibras presentes nesses alimentos, que ajudam no equilíbrio da glicemia e na sensibilidade à insulina.
Além disso, a concentração de nutrientes aumenta no processo de desidratação: enquanto 100 gramas de uva fresca têm 0,8 g de fibra, a mesma porção de uva-passa chega a 5 g. Por outro lado, o valor calórico também cresce — de 50 kcal para 300 kcal. “O segredo é a moderação e a atenção ao tamanho da porção”, destaca a nutricionista Gabriela Mieko, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Escudo contra fraturas
Outro estudo, realizado pela Penn State University (EUA), acompanhou 235 mulheres na pós-menopausa durante 12 meses e concluiu que o consumo de quatro a seis ameixas secas por dia ajuda a manter a densidade óssea e reduzir o risco de fraturas. O efeito é atribuído aos polifenóis, compostos que reduzem a inflamação envolvida na perda óssea.
Segundo os pesquisadores, as participantes que incluíram a fruta na rotina preservaram a estrutura e a resistência dos ossos, especialmente na tíbia, região que suporta o peso do corpo. “É um resultado clinicamente inestimável”, afirmou a professora Mary Jane De Souza, responsável pelo estudo.
Quanto vale o “ouro negro”?
Além do valor nutricional, a ameixa seca também tem preço acessível no mercado brasileiro. Um quilo do alimento pode variar de R$ 20 a R$ 35, dependendo da marca e do ponto de venda. Para especialistas, trata-se de um investimento pequeno diante dos benefícios que pode trazer à saúde.
Com moderação, a ameixa seca mostra que o apelido “ouro negro” não é exagero: pode ser doce, mas é um verdadeiro tesouro funcional para quem busca qualidade de vida.




