Com a morte do líder católico, Papa Francisco, na última segunda-feira (21), aos 88 anos, após complicações de uma pneumonia, cresce o interesse por uma antiga profecia atribuída ao arcebispo irlandês São Malaquias. Trata-se da “Profecia dos Papas”, atribuída a São Malaquias, arcebispo irlandês que teria tido visões durante uma visita a Roma em 1139.
Segundo o manuscrito, redescoberto em 1595 pelo monge beneditino Arnold Wion nos arquivos secretos do Vaticano, o mundo chegaria ao fim com o último Papa da lista, que viria depois de Francisco — e reinaria durante um tempo de grande tribulação.
A obra descreve 112 papas por meio de sentenças simbólicas em latim, começando por Celestino II. O suposto último pontífice seria “Pedro, o Romano”, que “alimentará seu rebanho entre muitas tribulações; após isso, a cidade das sete colinas será destruída e o terrível Juiz julgará o povo. O fim”. A “cidade das sete colinas” seria uma alusão direta a Roma.
De acordo com uma das interpretações mais mencionadas, o fim do mundo ocorreria em 2027, 442 anos após o pontificado de Sisto V — indicado na profecia como estando exatamente no meio da linhagem papal. Como Sisto V assumiu em 1585, isso sugeriria que o ciclo se encerraria exatamente quatro séculos e quatro décadas depois.
Quem será “Pedro, o Romano”?
Após a morte de Francisco, 135 cardeais se reúnem em conclave daqui há 15 dias para eleger o novo líder da Igreja. Entre os favoritos estão o italiano Matteo Zuppi, envolvido em missões de paz na Ucrânia; o filipino Luis Antonio Tagle, conhecido pelo carisma e perfil próximo dos pobres; e o português José Tolentino de Mendonça, atual prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação.
Também aparecem nomes como o húngaro Peter Erdő e o atual secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin. A expectativa é que o novo Papa mantenha o perfil progressista de Francisco, que nomeou a maioria dos cardeais votantes.
A profecia de São Malaquias não especifica datas, mas uma interpretação popular afirma que o fim do mundo ocorreria 442 anos após o pontificado de Sisto V, eleito em 1585. Isso colocaria o possível Juízo Final em 2027, no pontificado do próximo Papa.
