Para quem está buscando perder peso, o consumo de bebidas alcoólicas deve ser feito com muita moderação, pois o álcool representa calorias vazias, ou seja, que não trazem nutrientes e ainda pode atrapalhar o funcionamento do intestino, comprometendo a absorção de vitaminas e minerais. Além disso, o álcool pode levar ao consumo impulsivo de alimentos pouco saudáveis, prejudicando ainda mais os objetivos de quem quer emagrecer.
Segundo a nutricionista Amanda A. Kostro Miller para o Every Day Health, uma das principais recomendações para quem quer manter o foco na saúde é escolher entre sobremesa ou bebida alcoólica, evitando o consumo dos dois no mesmo momento.
Nesse cenário, a tequila tem ganhado espaço como uma das opções mais indicadas para quem quer beber com menos impacto calórico.
Tequila: menos calorias, sem carboidratos e com efeito leve no peso
Apesar de algumas notícias darem a entender que a tequila promove a perda de peso, baseando-se em estudos com ratos que consumiram agavins (um tipo de açúcar do agave, planta que dá origem à bebida) — essa ideia foi mal interpretada. O açúcar que induziu perda de peso nos ratos não está presente na tequila, pois ele se transforma em álcool durante a fermentação.
No entanto, a tequila, principalmente em sua versão 100% agave e sem adição de açúcar, contém poucas calorias, cerca de 60 a 70 kcal por dose (30 ml), não possui carboidratos e não causa picos de insulina, ao contrário de outras bebidas como cerveja e drinques açucarados. Esses fatores fazem dela uma opção mais leve entre os destilados, quando consumida pura e com moderação.
A ciência por trás do agave: benefícios do prébiótico, não da bebida
O que realmente chamou a atenção da comunidade científica foi o potencial do agave azul, planta usada para produzir a tequila. Essa planta contém inulina e frutanos, compostos com propriedades prebióticas, que alimentam bactérias benéficas do intestino, como Lactobacillus e Bifidobacterium.
Esses componentes, no entanto, não estão presentes na tequila após o processo de fermentação. Ainda assim, estudos mostram que os frutanos da planta resistem à acidez estomacal e podem, inclusive, ser utilizados no transporte de medicamentos até o cólon, com potenciais aplicações para doenças como síndrome do intestino irritável, colite e Crohn.
Mesmo com escolhas mais leves como a tequila, os especialistas reforçam que o álcool deve ser considerado uma indulgência ocasional. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) recomenda no máximo uma dose por dia para mulheres e duas para homens. Para quem quer emagrecer, o ideal é reduzir ainda mais ou evitar o consumo sempre que possível.
Portanto, para quem não quer abrir mão de um brinde eventual, a tequila, pura, sem misturas açucaradas — pode ser a melhor escolha alcoólica, com menor impacto calórico e metabólico. Mas sempre com atenção aos limites.