Com a morte do Papa Francisco na semana passada, os olhos do mundo estão voltados para o Vaticano, curiosos para saber o que se passa por trás das portas fechadas do Conclave, o processo de escolha do próximo líder da Igreja Católica. E um par desses olhinhos curiosos pertence ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Antes de tudo, temos que ressaltar: não, o presidente Trump, nem nenhum outro líder mundial, tem poder de escolha nessa decisão, que está inteiramente nas mãos dos cardeais votantes da Igreja. Porém, segundo o Pleno News, o governo estadunidense tem articulado nos bastidores um ambiente de pressão política para tentar influenciar na eleição do próximo papa. “A administração republicana já articulava formas de emplacar no posto um aliado político, alguém capaz de reforçar, com chancela espiritual, a ordem cultural conservadora defendida por Trump”, afirma o site.
Considerando que, durante o seu papado, o Papa Francisco fez críticas a Donald Trump mais de uma vez, principalmente em relação à política imigratória dos EUA, é óbvio que o presidente norte-americano não quer um papa que siga na mesma linha de pensamento de Francisco.
O preferido de Trump para ser o próximo papa
O nome preferido de Trump para o papado é do cardeal Raymond Burke. Nascido nos Estados Unidos, Burke é considerado um cardeal de perfil ultraconservador, tendo, inclusive, entrado em rota de colisão com o Papa Francisco em mais de uma ocasião. Em 2023, virou notícia o fato de que Francisco tinha decidido expulsar o cardeal americano da sua residência no Vaticano e ainda cortar o salário do religioso.
Burke apoiou Trump durante a corrida presidencial, afirmando que o republicano “defendia os valores da Igreja”, posicionou-se a favor de limitar a imigração de muçulmanos e convidou um conselheiro de Trump, Steve Bannon, para palestrar no Vaticano.
Porém, mesmo com o apoio do presidente estadunidense, Burke não é considerado um dos nomes em destaque para se tornar o novo papa. O conclave começa no dia 7 de maio.