O governo do Paraná confirmou o reajuste do salário mínimo regional, com valores que chegam a R$ 2.275,36, o maior piso estadual do Brasil. O aumento foi oficializado por meio do Decreto nº 9.468, assinado na última sexta-feira (27) pelo governador Ratinho Junior (PSD), e é retroativo a 1º de janeiro de 2025.
O reajuste beneficia trabalhadores que não possuem salário definido em convenção ou acordo coletivo, nem regidos por leis federais, como servidores públicos. Segundo o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PSD), até 1,5 milhão de paranaenses podem ser atendidos pelas novas faixas salariais.
Veja os novos valores por grupo:
- Grupo 1 – R$ 1.984,16
Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca (Grupo 6 da CBO)
Reajuste: 6,85% (ganho real de 1,99%) - Grupo 2 – R$ 2.057,59
Trabalhadores do comércio, serviços administrativos, manutenção e domésticos (Grupos 4, 5 e 9 da CBO)
Reajuste: 6,78% (ganho real de 1,91%) - Grupo 3 – R$ 2.123,42
Trabalhadores da indústria e da produção de bens e serviços (Grupos 7 e 8 da CBO)
Reajuste: 6,71% (ganho real de 1,85%) - Grupo 4 – R$ 2.275,36
Técnicos de nível médio (Grupo 3 da CBO)
Reajuste: 6,58% (ganho real de 1,73%)
Reajuste leva em conta inflação e salário mínimo nacional
O novo piso regional foi definido pelo Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (Ceter), que reúne representantes do governo estadual, sindicatos de trabalhadores e entidades patronais. O cálculo do reajuste considerou:
- O aumento do salário mínimo nacional para R$ 1.518, válido desde janeiro;
- A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou 2023 com alta de 3,71%.
Se houver um novo reajuste do salário mínimo nacional ainda em 2025, o Ceter poderá se reunir novamente para reavaliar os pisos regionais.
Pagamento retroativo é obrigatório
As empresas devem repassar as diferenças salariais de forma retroativa desde janeiro deste ano. O decreto também segue a Lei Estadual nº 21.350/2023, que estabelece a política de valorização do piso regional até 2026.