Quando pensamos em um tipo de sangue raro, o primeiro que vem a mente é o tipo sanguíneo o negativo, popularmente conhecido como “doador universal”. Mais existe um outro tipo de sangue tão raro, que apenas 50 pessoas no mundo tem ele: o “sangue dourado”.
O “sangue dourado” é o tipo sanguíneo Rh nulo. Como explica o Olhar Digital, esse tipo sanguíneo não contém nenhum dos 50 antígenos do sistema Rhesus. Por isso, ele é compatível com praticamente todos os tipos sanguíneos desse sistema, podendo doar para quase todos. O problema é que ele só pode receber transfusões de outro paciente com “sangue dourado” – o que dificulta bastante a vida da pessoa com esse tipo sanguíneo.
Muitos pacientes que nascem com esse tipo de sangue são até orientados a congelarem o próprio sangue para possíveis emergências no futuro, já que é quase impossível encontrar um doador compatível.
De acordo com pesquisas, esse tipo sanguíneo com Rh nulo surgiu por causa de mutações genéticas, que afetam uma proteína essencial das hemácias, a glicoproteína associada ao Rhesus (RHAG). Essas mutações alteraram a estrutura da proteína, impedindo a expressão de outros antígenos Rh.
O site do Cejam explica que, para nascer com esse tipo sanguíneo, é necessário que o pai e mãe possuam a mesma mutação genética.
Cientistas tentam criar o sangue dourado em laboratório
Não apenas por ser muito raro, mas por ser um tipo sanguíneo compatível com praticamente todos os outros, cientistas têm feito esforços para cultivar o sangue Rh nulo em laboratório. Em 2018, pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, conseguir alcançar o feito usando uma técnica de edição genética chamada Crispr-Cas9. Existem outras iniciativas parecidas pelo mundo, mas o “sangue artificial” ainda não é uma realidade.




