Uma inovação médica está trazendo esperança para brasileiros com lesões na medula espinhal. A polilaminina, desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está mostrando resultados promissores na recuperação de mobilidade em pacientes paralisados.
Inspirada na laminina, uma proteína que facilita a conexão neuronal durante o desenvolvimento, a polilaminina pode redefinir tratamentos para lesões nervosas.
Descoberta na UFRJ antecipa avanços
A polilaminina tem sido objeto de estudo há mais de 25 anos na UFRJ, com o objetivo de auxiliar na regeneração nervosa. A pesquisa foca na aplicação direta da substância na medula espinhal danificada, promovendo a reconexão dos neurônios.
Acredita-se que esta abordagem possa restaurar movimentos em pacientes com paraplegia e tetraplegia, condições que até então não tinham soluções bem-sucedidas.
Os testes clínicos iniciais envolveram oito pacientes brasileiros, todos apresentando melhorias. Esses resultados estão documentados através de uma metodologia rigorosa que inclui a escala International Standards for Neurological Classification of Spinal Cord Injury (ISNCSCI) e potenciadores evocados.
Evidência concreta em estudos com animais
Os resultados não se restringem apenas a humanos. Estudo com cães paraplégicos tratados com a polilaminina também demonstrou eficácia. Quatro de seis cães apresentaram capacidade de caminhar novamente, comprovando o potencial da substância em diferentes organismos.
Esses avanços foram observados ao longo de semanas de acompanhamento.
Até o momento, os estudos têm sido fundamentais para fortalecer a base científica necessária para a aprovação regulatória e futura comercialização do tratamento no Brasil.