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Substância perigosa para homens está sendo utilizada por mulheres na academia

Por Pedro Silvini
10/05/2025
Em Geral
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Mulher treinando

(Reprodução/IStock)

A busca incessante por resultados rápidos na academia tem levado muitas mulheres a recorrerem à tadalafila, substância originalmente desenvolvida para tratar a disfunção erétil masculina. O que antes era prescrito com cautela por médicos, agora circula nos bastidores do fitness como um suposto “pré-treino milagroso”, graças ao seu efeito vasodilatador que melhora o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos músculos. A prática, no entanto, preocupa especialistas pela falta de respaldo científico e pelos riscos à saúde envolvidos no uso fora das indicações clínicas.

“Quando utilizada com orientação médica e na dosagem correta, o uso pontual pode trazer benefícios. O perigo está no uso indiscriminado ou em doses altas”, alerta o nutrólogo Francisco Saracuza.

Os dados comprovam a crescente popularização da substância: de 21,4 milhões de caixas vendidas em 2020, o Brasil saltou para mais de 47 milhões em 2023 — com 31,1 milhões apenas no primeiro semestre de 2024, segundo a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Apesar da teoria de que a maior irrigação sanguínea poderia favorecer o ganho de massa muscular, não há evidências robustas que sustentem esse benefício. “Os poucos estudos sobre isso têm amostras muito pequenas”, critica Luiz Otávio Torres, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia. Segundo ele, o uso da tadalafila para esse fim é uma extrapolação sem base científica.

Efeitos colaterais e riscos do uso indevido

A bula da tadalafila deixa claro que suas indicações se limitam a três condições médicas: disfunção erétil, hiperplasia prostática benigna e hipertensão pulmonar. Mesmo nesses casos, a medicação deve ser prescrita com critério. Fora desses contextos, os riscos se sobressaem: dor de cabeça, dores musculares, congestão nasal, indigestão, refluxo, e até reações mais graves como problemas cardíacos, priapismo (ereção dolorosa e prolongada) e distúrbios visuais e auditivos.

Outro risco pouco discutido, mas relevante, é a dependência psicológica.

“A pessoa pode começar a acreditar que só terá uma boa performance — seja no treino ou na cama — se tomar o comprimido”, alerta a farmacêutica Amouni Mourad.

Na busca por resultados rápidos e estética imediata, muitas mulheres estão ignorando o princípio básico da medicina: nenhum medicamento deve ser usado sem indicação e acompanhamento profissional. Mais do que um erro, o uso recreativo e indiscriminado de substâncias como a tadalafila é um perigo real à saúde pública.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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