Mais de duas décadas após o crime que chocou o Brasil, Suzane von Richthofen voltou a ser notícia. Condenada como mentora do assassinato dos pais, Manfred e Marísia, em 2002, ela tentou se reaproximar do irmão, Andreas, que vive isolado em uma chácara em São Roque, interior de São Paulo. A iniciativa, no entanto, não teve o desfecho esperado e quase terminou em registro policial.
Segundo informações do jornalista Luiz Bacci, Suzane esteve na propriedade há cerca de três meses, acompanhada do filho, fruto de seu relacionamento com o médico Felipe Zecchini Muniz. A ideia seria apresentar o bebê ao tio, na esperança de “amolecer” o coração de Andreas.
Rejeição e ameaça de chamar a polícia
Andreas, que tinha apenas 15 anos quando os pais foram mortos, rejeitou qualquer contato. Vizinhos relataram que ele se mostrou irredutível e teria dito que chamaria a polícia caso a irmã insistisse na visita.
Hoje com 38 anos, Andreas enfrenta problemas psicológicos desde a tragédia e optou por uma vida reclusa. De acordo com moradores da região, ele quase não deixa a chácara, saindo apenas para comprar alimentos. “É como se ele só existisse fisicamente; a alma e a mente foram embora com os pais”, relatou um vizinho.
Vida isolada em São Roque
A propriedade onde Andreas vive faz parte da herança deixada pelos pais. Com aspecto de abandono, o local acumula dívidas de IPTU. Pessoas próximas afirmam que o irmão de Suzane não tem interesse em retomar laços familiares ou sociais. “Ele prefere ficar sozinho, como se apenas esperasse o tempo passar”, disse uma caseira da região.
O caso que marcou o Brasil
O assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002, foi planejado por Suzane, então com 18 anos, em parceria com os irmãos Cravinhos. O crime, que ganhou enorme repercussão nacional, rendeu uma condenação de 39 anos de prisão.
Mesmo após progressão de pena e o início de uma nova vida fora do sistema prisional, Suzane segue cercada de polêmicas e tentativas frustradas de reconstruir pontes familiares.