Na semana passada, Donald Trump anunciou o que foi popularmente chamado de “tarifaço”. O presidente dos Estados Unidos anunciou a imposição de tarifas recíprocas sobre os produtos importados de mais de 180 países. O Brasil foi um desses países. Desde o último sábado (5), os EUA passaram a cobrar uma taxa de, no mínimo, 10%, sobre os produtos brasileiros.
Na quinta-feira passada (3), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reconheceu que as tarifas podem ser um obstáculo para os negócios internacionais. “Mas o Brasil tem competência e certamente vai saber usufruir e fazer disso uma grande oportunidade”, declarou o ministro, segundo o g1. “O Brasil é muito competitivo, principalmente na agropecuária.”
Para especialistas, no geral, o tarifaço vai ter um resultado negativo sobre a economia global, com uma diminuição do comércio mundial e o aumento da inflação nos Estados Unidos. Por outro lado, eles também enxergam possíveis ganhos para o Brasil.
Como o “tarifaço” pode ajudar o Brasil?
“Possíveis impactos positivos vão desde ganho de competitividade de produtos brasileiros no mercado americano, frente a produtos sobretaxados de outros países, a aumento das vendas de commodities para a China, já que o país tende a reduzir suas compras dos Estados Unidos“, revela matéria da BBC.
Também existe uma expectativa de que, com o aumento da tensão entre os EUA e a Europa, o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia aconteça mais rápido. O acordo poderia ampliar as exportações da indústria brasileira para o mercado europeu. Para completar, a inflação nos EUA e a desvalorização do dólar poderia trazer um alívio para a inflação aqui no Brasil.