Com potencial para revolucionar a mineração global, o Brasil se prepara para emergir como um dos principais produtores mundiais de terras raras. O país detém cerca de 21 milhões de toneladas em reservas, sendo superado apenas por China e Vietnã.
Com os olhos voltados para uma posição de destaque, o país visa integrar o seleto grupo dos grandes produtores.
As terras raras são cruciais para tecnologias avançadas, sendo usadas em eletrônicos, energia renovável e veículos elétricos. A extração no Brasil, entretanto, ainda é modesta. As reservas localizam-se em grande parte em Araxá e Poços de Caldas, áreas que devem entrar em plena operação até 2026.
Caminho econômico promissor
No cenário econômico, as terras raras têm um valor que ofusca os minerais convencionais. Por exemplo, o óxido de neodímio é altamente valorizado no mercado. A comparação com outras commodities reflete o potencial econômico dessa indústria para o Brasil.
Minas Gerais e Goiás despontam com projetos maduros de mineração. As expectativas são de que novas operações gerem emprego e alavanquem a economia local até 2026.
Dependência global
Apesar das amplas reservas, o Brasil participa com apenas 1% da produção global de terras raras. A China domina com 70% desse mercado, alimentando discussões sobre a dependência internacional. EUA e União Europeia já evoluem estratégias para criar cadeias de fornecimento alternativo.
China no topo
A China continua liderando com 49% das reservas. O Brasil ocupa uma posição estratégica na geopolítica dos minerais críticos, embora ainda enfrente desafios significativos para traduzir esse potencial em produção efetiva.
Apesar de deter um quarto das reservas globais de terras raras, o Brasil participa com apenas 0,02% da produção mundial desses minerais. A discrepância entre reservas e produção indica um potencial econômico inexplorado. Trilhões de dólares podem ser arrecadados.