A prática dos banhos de gelo tornou-se popular nos últimos anos, impulsionada por atletas de alto rendimento e figuras públicas, como David Beckham. Com a possibilidade de redução de inflamação muscular e alívio da dor após exercícios intensos, a técnica ganhou relevância nas redes sociais.
Contudo, com a disseminação para além dos círculos atléticos, surgem dúvidas sobre seus verdadeiros efeitos.
Os banhos de gelo, que envolvem a imersão em água entre 10 e 15°C, são utilizados por atletas como forma de recuperação muscular. Essa prática pode reduzir a inflamação ao contrair os vasos sanguíneos, além de facilitar a remoção de lactato dos músculos.
Para aqueles que treinam intensamente em dias consecutivos, essa técnica pode ser benéfica.
Expectativas e a realidade
O uso dos banhos de gelo se expandiu para a promoção do bem-estar geral, sendo apontado como potencialmente benéfico para a saúde mental e a imunidade.
Entretanto, as evidências científicas sobre seus efeitos em populações não atléticas são limitadas. Estudos indicam pequenas reduções de estresse e melhorias na qualidade do sono, mas os dados ainda são insuficientes para conclusões definitivas.
Imersões inadequadas em água fria podem desencadear efeitos adversos, como choque térmico, que eleva a pressão arterial e a frequência respiratória, podendo resultar em arritmias cardíacas.
A exposição prolongada aumenta o risco de hipotermia. Esses riscos são maiores em pessoas com condições cardiovasculares pré-existentes. Supervisão e precauções adequadas são necessárias.
Para quem cogita experimentar banhos de gelo, algumas precauções ajudam a evitar problemas. A água deve estar entre 10 e 15°C, e o tempo de exposição deve ser limitado a 20 minutos. A imersão deve ser gradual, com monitoramento constante de sinais de hipotermia, como tremores excessivos e tontura.