Em parceria com o Ministério da Saúde, o Einstein realizou um estudo sobre os efeitos que a interrupção desse remédio pode ter sobre as chances de você ter um AVC ou um infarto novamente. De acordo com matéria do O Globo, os resultados do estudo foram apresentados recentemente no congresso anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC).
O que estudo descobriu
O estudo conclui que parar de usar aspirina nos primeiros meses depois de um infarto pode ajudar a reduzir sangramentos, mas “não propicia proteção suficiente para infarto, AVC e trombose”, explica O Globo.
Atualmente, o tratamento padrão após um infarto envolve o uso de aspirina e um outro antiplaquetário, uma dupla anti-agregação plaquetária. Porém, como a aspirina pode aumentar o risco de sangramentos, questiona-se o uso desse medicamento após um ataque cardíaco.
De acordo com esse estudo brasileiro mais recente, na maioria dos casos, manter o uso dos dois medicamentos desde o início é mais seguro. A retirada da aspirina reduziu bastante o número de sangramentos. O grupo que não usou o remédio teve uma incidência de 2% de sangramentos, enquanto o grupo que usou, teve 4,9%.
Porém, a retirada da aspirina não manteve a mesma proteção novos eventos cardiovasculares, como infartos ou AVCs. A incidência de novos eventos do tipo entre grupos que usaram e não usaram o remédio foi de 7% versus 5,5%. “Além disso, o número de casos de trombose de stent, uma complicação séria desse tipo de procedimento, pareceu maior entre os pacientes que não receberam aspirina”, completa O Globo.




